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Toffoli amplia anulação de ações da Lava Jato e número de beneficiados atinge 32 em apenas 24 horas

Toffoli estende decisão que favoreceu Beto Richa a mais seis pessoas e três empresas, anulando decisões de Moro

O placar de derrotas da Operação Lava Jato no STF continua a ser ampliado pelo ministro Dias Toffoli. Conforme relatado na coluna de sexta-feira (8/3), Toffoli havia, durante a semana, anulado todas as decisões do ex-juiz federal Sergio Moro e todas as ações da força-tarefa da Lava Jato contra 23 investigados ligados ao ex-governador do Paraná Beto Richa, que atualmente é deputado federal.

Durante a sexta-feira, Toffoli emitiu outras seis decisões semelhantes, elevando o total de beneficiados pelas anulações para 32. Mais seis indivíduos e três empresas foram favorecidos, todos afetados por uma investigação da Lava Jato que envolveu Richa, a Operação Integração.

Quando proclamam a “nulidade absoluta” dos atos da Lava Jato, as ordens do ministro estendem aos outros investigados, a seu pedido, a mesma interpretação que ele concedeu a Beto Richa.

No mês de dezembro, processos contra o deputado do PSDB foram anulados por Toffoli, nos quais foram destacadas supostas manipulações, ações ilegais e um “conluio” entre o MPF e a Justiça. As anulações também abrangeram a fase pré-processual, isto é, a etapa de investigações.

Os beneficiários mais recentes do “revogaço” de Dias Toffoli nos processos relacionados a Richa, nesta sexta-feira, incluem o ex-chefe de gabinete dele, Deonilson Roldo; o ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) e delator, Nelson Leal Júnior; além das empresas Triunfo Participações e Investimentos, Econorte e Rio Tibagi Serviços de Operações e Apoio Rodoviário.

Ainda estão pendentes seis solicitações similares, realizadas em representação de nove indivíduos, aguardando o veredito de Dias Toffoli.

Nos despachos de terça-feira (5/3) e quinta-feira (7/3), o ministro já havia concedido benefícios à esposa de Richa, Fernanda Vieira Richa, e ao filho do casal, André Vieira Richa, cujos processos contra eles foram encerrados.

As decisões favoreceram igualmente o contador de Richa, Dirceu Pupo; Ricardo Rached, ex-assessor do ex-governador; Jorge Theodócio Atherino, suposto operador de propinas de Richa; o advogado Rodrigo Tacla Duran, identificado pela Lava Jato como operador de dinheiro ilegal da Odebrecht; além de representantes de concessionárias de rodovias, tais como Daniel Ramos Victorino, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, Gustavo Müssnich, José Terbai Jr, Ruy Sérgio Giublin e Carlos Lobato. As informações são da Coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles.

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