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Um Campo Grande de Mulheres Leitoras’: projeto da Agepen leva literatura e esperança a detentas

Entre os muros do EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi), na capital de Mato Grosso do Sul, uma aura de esperança ganha vida por meio do projeto “Um Campo Grande de Mulheres Leitoras”, que está proporcionando uma jornada literária para detentas, inspirando imaginação e sonhos.

A iniciativa visa não apenas para oferecer entretenimento, mas proporcionar nova perspectiva de vida, levando a liberdade que a literatura pode proporcionar. Enquanto as páginas viram e as histórias são contadas, um novo capítulo de esperança, superação e transformação está sendo escrito.

“Para estas mulheres, a literatura não é apenas uma fuga, mas uma ferramenta poderosa de transformação. Queremos abrir suas mentes para um mundo de possibilidades, onde as palavras têm o poder de libertar”, destaca Conceição Leite, atriz e contadora de histórias, que coordena o projeto. A iniciativa também conta com a participação das colaboradora Anamaria Santana e da musicista Maria Rita Gonçalves.

Iniciadas na terça-feira (9), as oficinas serão realizadas até o dia 2 de maio, todas as terças e quintas-feiras. As aulas acontecem no período vespertino, das 13h às 15h, com a participação de 15 detentas, que poderão mergulhar em histórias que refletem suas próprias jornadas. Além da leitura, os encontros envolvem dinâmicas e música.

Cada encontro conta com a participação de um convidado especial. Na abertura, a professora-doutora da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Danielle Urt Mansur Bunlai, falou sobre a Literatura Indígena. O início dos trabalhos foi acompanhado pela chefe da Divisão de Assistência Educacional da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), policial penal Rita de Cássia Argolo Fonseca.

Mais do que uma série de oficinas, este projeto é um convite para que essas mulheres redescubram sua própria voz, sua própria identidade. É uma celebração da criatividade, da resiliência e do poder transformador das palavras. É o que acredita a reeducanda Jamille Farias, 28 anos. “Esse projeto é uma forma de incentivar ainda mais o hábito da leitura, que é uma forma de liberdade e de agregar conhecimento”, agradece a interna.

Segundo a chefe do Setor de Educação do EPFIIZ, Ana Lúcia Coinete Depolito, foram selecionadas internas de perfis variados, que demonstraram interesse e que serão inseridas na remição pela leitura ofertada na unidade prisional.

Para a realização no presídio, a inciativa conta com o apoio da Prefeitura de Campo Grande, por meio de sua Secretaria  Municipal de Cultura e Turismo, e  foi aprovado pelo Edital Nº12/2023/SECTUR , com recursos oriundos da Lei complementar Nº 195/2022 (Lei Paulo Gustavo).

Assim como esse projeto de literatura no EPFIIZ, as ações de reintegração social promovidas em unidades prisionais da Agepen são coordenadas pela Diretoria de Assistência Penitenciária.

Comunicação Agepen

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