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A vaca foi pro brejo?

A essa pergunta que os pessimistas já colocam como afirmação, os pantaneiros respondem: “- É preciso que a vaca vá pro brejo, pelo menos não vão usar a ausência da vaca no brejo, como desculpa literal para os incêndios…”

E para o intento de trocar uma legislação que ao impedir da vaca ir pro brejo, para gáudio dos lacradores, nos coloque no atoleiro da extinção de nossa cultura tradicional, onde vacas se incorporam sustentavelmente ao paraíso da herbivoria que é o Pantanal!

“Pelos frutos os conhecereis”, o fruto da sustentabilidade do gado no Pantanal, desde quatrocentos anos atrás, é um mega ativo ambiental que aos cúpidos, desperta a possibilidade de, através de narrativa negativa gestada em agências urbanas de publicidade e marqueteiros, serem apropriados na mão grande.

Afirmam: “-Precisamos de novas leis ambientais restritivas, precisamos socorrer este Patrimônio da Humanidade, este Sitio Ramsar, este Patrimônio Nacional, com Incremento de Rppns, Apas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, criando mais Estradas Parques mais Reservas, mais SNUC, mais Polícia, talves um DOF ou um Gaeco Ambiental!”

Qual o fruto após quarenta anos dessa receita importada e imposta? Incêndios, assoreamento , mortes dos rios pelo calcinamento das matas ciliares e de galeria onde chegou-se até a proibir molhar com moto bombas a partir do próprio rio, privilegiando inúteis mochilinhas e abafadores com a logomarca dos doadores.

Preferiram o caríssimo, duvidoso e até quase criminoso heroísmo de jogar água em fogo na turfa subsuperficial e de subsolo, incêndio típico classe B, onde a água agrava a combustão…

Repetir o erro, aumentar até que o equívoco alcance o paroxismo, alegando que foi pouco, não é loucura, é conhecido método de investir no caos para destruir tudo o que existe, e o mecanismo oculto possa implantar o Novus Ordo.

Será que os inocentes úteis conseguirão inverter a realidade e seguirão sem dar trela pro óbvio, que, no Pantanal, a vaca no brejo já se incorporou positivamente em sua sustentabilidade? Que araras azuis dependem da castanha ruminada para seu forrageamento e aumento populacional?

Até agora, comprovadamente tem dado certo essa sinergia entre meta capitalistas manipulando os responsáveis pela curadoria legal do meio ambiente, para transformar o ativo existente nas mãos pantaneiras em passivo ambiental, e ao se incorporar na Novus ordo, esse passivo adquirido a preco vil, muda para a coluna do ativo, gerando lucros fabulosos.

Conseguirão as vacas pantaneiras atravessar esse passo no brejo, e retornar ao Pantanal para salvá-lo?

Todo pantaneiro deve crer que assim como na Inglaterra o passo dos bois, the ox forde virou the Oxford University, devemos buscar um caminho que dê às vacas e ao boi bombeiro, the fire ox, uma estrada boiadeira para vencer a ignorância e a má fé bem remunerada e chegar a bom pouso.

Há uma mãe de fogo, a brilhar sua direção nas noites pantaneiras, um cinturão de Orion no Zênite a mostrar fartura de bocaiuvas e frutos, um Cruzeiro do Sul a indicar o caminho a seguir, convido a todos os de boa vontade a abrir seus olhos e seguirmos juntos para o Pantanal de verdade…

Pantaneiro é o nome que se dá, indistintamente, a todos os que têm amor sincero pela perenidade do Pantanal, na integridade de sua gente, fauna e flora.

Armando LacerdaPorto São Pedro

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