Daniel Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, condenou a ausência de uma postura clara do Governo Lula em relação ao ataque do Irã. Zonshine expressou sua desaprovação no domingo (14) pela falta de uma condenação inequívoca por parte do governo Lula. “Procurei, mas não encontrei uma condenação no comunicado do Itamaraty. Isso é decepcionante. Espero que não tenhamos que continuar recebendo este tipo de mensagens”, expressou com pesar o embaixador.
O Brasil solicitou “máxima contenção” aos grupos envolvidos no conflito, segundo uma nota lançada pelo Itamaraty na véspera, a fim de prevenir um aumento na violência. O Ministério das Relações Exteriores declarou: “O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”.
O governo de Lula expressou também uma “grave preocupação” em relação ao progresso do conflito e aconselhou que se evitem viagens não essenciais para a área. Além disso, instruiu os cidadãos brasileiros que estão no Irã e em Israel a seguir as orientações publicadas pelas embaixadas brasileiras por meio de seus sites e redes sociais.
Leia a íntegra da nota:
“O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.
Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.
O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.
O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.
O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.”
