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Curso rápido do falar matogrossês

Curso rápido do falar matogrossês

https://www.thefools.com.br/blog/post/dialetos-do-portugues-brasileiro

Selecionando meia dúzia de palavras parece que alguns especialistas da internet ou intremete em nosso dialeto local, se puseram a compor um mapa dos dialetos brasileiros…

Aparentemente ficaram longe da história de uma região planejada na Universidade de Coimbra, que determinaram aos Oficiais da Metrópole Portuguesa que enfrentassem os Espanhóis, bêbados com a prata andina, em defesa territorial do Brasil.

Forte Principe da Beira e Vila Bela foram o início, depois do ouro de Cuiabá desceram o cinturão estratégico geopolitico para fundar Vila Maria (Cáceres), São Pedro do Beripoconé (Poconé), Albuquerque (Corumbá) e Forte de Coimbra no Fecho dos Morros.

O Marco do Jauru celebra a consolidação no Tratado de Madri, quando os espanhóis cederam toda esta região do Rio Paraguai na Capitania do Mato Grosso, até o afluente do chamado Rio Apa.

Com o esgotamento das Minas este povo matogrossense ficou isolado do Brasil por quase dois séculos, mantendo e evoluindo o idioma português do século XVII, de uma maneira estremamente peculiar e é falado cantando as palavras e prolongando musicalmente as vogais de determinadas sílabas.

O Cuiabanês, o Cacerês, o Livramentanês, o Poconeanês e o Corumbês são todos parlantes de um idioma comum, só diferenciando maior ou menor dose de espanhol em Corumbá e Cáceres, basicamente centrada no ão de pão e não, mais para pom e nom nestas duas cidades e mais para paau e naau nas outras três…

De resto, palavras comuns como vôte, dôs, três, déss, além de pronúncias comuns pra ch e o x nas palavras como tchuuva em vês de chuva, tchuutcháá em vez de Xuxa ou chuça, tchupeta, pitchiito, pixito ou priquiitoo para o órgão sexual masculino , enfim bem falado tem caracteristicas de um verdadeiro dialeto, tomemos por exemplo uma frase em português:

“-Maria, olhe seu muro, tem alguém observando!”

No dialeto matogrossense vira algo assim :

“- Máriiáá, ispiia tchôo muuroo, teiin dgeentee pombeáándo!”

Sempre musical nosso dialeto comum, talvez essa musicalidade tenha levado os especialistas a confundirem com o sertanejo gênero musical, jamais falamos ou falariamos donde e sim aadoondee, diatcho como expressão de djéévaa, atcho que naaoo cabe tôômeem…

Pinote no sentido de toomáá veento ou dáá um paasseiioo, tôômeem num vóógaa, empriiquiitáá atcho que ocêês diiscunfiiaa do quee éé, deixo por motivos óbvios de citar seu sinônimo empiitchiitáá para não pensarem que terminamos falando de política.

Tratoodiiaa!

Armando LacerdaPorto São Pedro

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