Na segunda-feira (22), a advogada e ex-deputada estadual Janaina Paschoal (SP) expressou críticas ao discurso proferido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O evento em questão foi um ato público voltado para a liberdade de expressão e democracia, reunindo milhares de pessoas em Copacabana (RJ) no domingo (21). O ex-presidente Jair Bolsonaro também esteve presente.
Segundo Janaina, a “pregação” feita por Michelle “só empolga meia dúzia de carolas” e ressaltou que “as mulheres podem muito mais do que simplesmente ajudar os seus maridos”.
“As feministas radicais fazem as mulheres infelizes, por fazer crer que não precisam de homem para nada. Mas a ladainha das “femininas” é insuportável. A cada encontro desses, fica claro que precisamos de alternativas”, escreveu Janaina na rede X.
No ato em Copacabana, Michelle discursou pregando renovação da política: “Temos um ano decisivo para o Rio de Janeiro, ano de eleições, precisamos de política nova, de gente de bem, que não vai aprisionar o seu povo, que tenha projeto de prosperidade para o Rio de Janeiro, e não projeto de poder”.
Usando uma camiseta com a frase “O Brasil é do Senhor Jesus”, Michelle permeou sua fala com tom religioso, rezou o Pai Nosso e fez menção “à amada Israel”.
No texto, a jurista também destacou que, caso o ex-presidente Bolsonaro continue com os protestos pelo Brasil, ele deve “começar a discutir pautas, apresentar uma proposta de País”.
“[Ele precisa] Buscar mostrar o que faria diferente, caso recuperasse sua elegibilidade. O modelo da corda esticada não deu certo! Ele assustou muitos de seus eleitores de 2018. O discurso que entoou seu mandato todo e com o qual segue só agrada o suficiente para eleger quem cola nele, não é discurso para liderar a nação”, declarou.
O protesto de domingo (21) foi incentivado não apenas pelo desejo de defender o ex-presidente das pressões judiciais que ele e seus aliados enfrentam, mas também pela batalha pela liberdade de expressão. Estes temas ganharam destaque graças às revelações do Twitter Files Brasil e ao recente relatório do Congresso dos EUA que acusa o ministro Alexandre de Moraes de censurar a direita no Brasil.
