Nesta segunda-feira, 1º, Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, afirmou que não pode ser aceitável que a Petrobras obtenha “lucros exorbitantes”.
Durante uma entrevista concedida à GloboNews, Silveira afirmou que a Petrobras deve desempenhar um papel social na criação de oportunidades de trabalho para a população.
“Não podemos admitir que a Petrobras tenha um único e exclusivo objetivo de ter lucros exorbitantes para poder distribuir os seus acionistas”, disse o ministro de Minas e Energia. “Queremos que tenha muito lucro. Queremos que seja altamente competitiva. Queremos, não. Vamos trabalhar para isso. Até porque, quanto maior, mais competitiva for, mais recursos temos para aplicar para gerar emprego, gerar renda, gerar crescimento.”
Ministro nega interferência do governo na Petrobras
Silveira reafirmou que não houve interferência do governo no comando da Petrobras, porém, observou que é responsabilidade do Executivo supervisionar suas decisões.
“Agora, o que não podemos é deixar de fiscalizar, por exemplo, o que a diretoria da Petrobras está fazendo do ponto de vista do cumprimento do seu plano de investimento aprovado pelo conselho de administração”, disse Silveira.
Em março, uma representação foi apresentada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), visando investigar uma potencial interferência imprópria do governo Lula na Petrobras, sequencial à decisão de não distribuir dividendos.
No requerimento, o Ministério Público alegou que as decisões da empresa podem ter sido influenciadas por interesses do governo federal, como a escolha de não distribuir dividendos extraordinários aos acionistas.
Segundo os procuradores, decisões tomadas pela Petrobras poderiam ter afetadas por interesses da administração federal e não por lógicas de mercado na gestão. As informações são da Revista Oeste.
