Vídeo

Oposição venezuelana acusa Maduro de violar acordos de Barbados

PUD denunciará violação de acordos por parte do regime de Maduro à Noruega

Neste sábado (27), a Plataforma Unitária Democrática (PUD) comunicou que irá reportar ao mediador norueguês da negociação política sobre a quebra parcial dos acordos assinados em Barbados pelo governo de Nicolás Maduro, seguindo a confirmação da inelegibilidade da candidata presidencial María Corina Machado.

A formação de uma comissão de acompanhamento e verificação para avaliar o status dos acordos firmados em outubro passado, em Barbados, também foi solicitada pela delegação opositora no diálogo com o chavismo.

O chefe da delegação opositora nas negociações, Gerardo Blyde, em declarações à imprensa, afirmou: “Em cada acordo, estabelecemos uma comissão e tem sido muito difícil, para não dizer quase impossível, poder estabelecê-las. Não se quer controle sobre a verificação e execução de cada uma das etapas dos acordos”.

A interpretação da oposição é que o chavismo descumpriu o que foi acordado, depois que o Supremo confirmou na sexta-feira (26) a incapacidade contra Machado, que a proíbe de se candidatar às eleições presidenciais, mesmo tendo sido escolhida como candidata da maioria opositora em primárias onde conquistou 92,35% dos votos.

Blyde solicitou a revogação da decisão que confirmou a inabilitação de Machado. “Deve ser revertida e voltar ao status anterior (de negociação política)”, afirmou o advogado, alegando que com essa ação, divulgada na sexta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) condenou Machado sem oportunidade de defesa.

O líder da oposição também esclareceu que, neste momento, já deveria existir um grupo para avaliar “a verdade e a verdadeira execução do acordado”, conforme foi estabelecido entre as partes em outubro, quando foi firmado o “acordo parcial sobre a promoção de direitos políticos e garantias eleitorais para todos”.

De acordo com Blyde, está estabelecido que as partes “têm que nomear, de comum acordo, duas pessoas adicionais” para que sejam elas, junto a alguém designado pela Noruega -facilitador da negociação política- quem verifiquem o cumprimento do que foi acordado. No entanto, tanto o regime de Maduro quanto a oposição estão “em mora”.

Além disso, Blyde ressaltou que já “deveria estar estabelecida ou, ao menos, já bastante aproximada a data da eleição” presidencial, prevista para o segundo semestre deste ano.

O líder da oposição expressa que a ausência de uma data exata e de um calendário eleitoral representa a intenção de “tentar impossibilitar que haja tempo suficiente para que venham todas as missões de observação, tentar impossibilitar que se faça tudo o que se tem que fazer com o Registro Eleitoral, com a inscrição de novos eleitores”, além de outros fatores.

O Supremo confirmou a penalidade administrativa contra Henrique Capriles, que se candidatou à presidência duas vezes, e autorizou mais cinco opositores. Essa ação foi uma resposta aos pedidos de revisão das desqualificações apresentadas por esses antichavistas, como parte de um mecanismo acordado em Barbados para a análise desses casos.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo