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Confederação Israelita diz que falas de Gleisi Hoffmann são ‘preconceituosas’

Confederação Israelita Brasil repudia declarações de Gleisi Hoffmann sobre jornalista crítico ao governo israelense.

No domingo (31), a Confederação Israelita Brasil emitiu uma nota repudiando as declarações da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann. As críticas de Hoffmann foram direcionadas ao jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, conhecido por suas críticas ao governo israelense durante o conflito entre Israel e o Hamas.

A Confederação Israelita Brasil considerou a declaração de Gleisi Hoffmann sobre a instituição como “preconceituosa” e merecedora de “total reprovação”. A entidade havia entrado com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), solicitando a remoção de conteúdos das redes sociais de Altman. O pedido foi atendido pelo juiz Rafael Meira Hamatsu Ribeiro no domingo (24 de dezembro).

No sábado (30), a líder do PT afirmou que a Conib “persegue” Altman devido ao seu “firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”, referindo-se à guerra na Faixa de Gaza.

”Muito grave a perseguição ao jornalista Brenno Altmann, por seu firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel. Altmann é perseguido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), que age em nome daquele governo em nosso país. Com a participação de agentes do MPF e da PF, querem condená-lo por suas opiniões. Não podemos ser coniventes com essa perseguição. A intolerância não é de Altmann, mas de uma entidade que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo histórico massacre do povo palestino”, disse a petista.

Eis a íntegra da declaração da CONIB:

A CONIB repudia os comentários da presidente do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffman. O jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de “ratos”, o que foi reconhecido pelo Ministério Público e pela Justiça, que determinou a imposição de multa e a retirada de posts.  A presidente do Partido dos Trabalhadores insiste em defendê-lo, questionando decisões judiciais. Além disso, a deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à CONIB, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação.

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