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Afastamento de juíza que substituiu Moro na Lava Jato gera onde da insatisfação entre juízes federais

A Apajufe argumenta que o afastamento se baseou em fundamentos "genéricos" e ocorreu de forma abrupta, às vésperas de um julgamento significativo no plenário do CNJ.

A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), liderada pelo ministro Luís Felipe Salomão, de afastar a juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro nos casos da Lava Jato, desencadeou uma onda de insatisfação entre juízes federais. Em resposta, a Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) anunciou uma greve para esta terça-feira (16). A medida também afetou os juízes Danilo Pereira Júnior e os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lenz Loraci Flores de Lima, todos membros do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

A Apajufe argumenta que o afastamento se baseou em fundamentos “genéricos” e ocorreu de forma abrupta, às vésperas de um julgamento significativo no plenário do CNJ. Os magistrados atingidos, segundo a associação, desempenhavam suas funções normalmente e nunca foram alvo de investigações ou sanções administrativas anteriormente.

Os problemas apontados pela fiscalização do CNJ incluíram a gestão das multas dos acordos de delação e leniência na Lava Jato. De acordo com o corregedor, houve uma tentativa por parte de Hardt de destinar recursos da Petrobras para a criação de uma fundação privada, ideia que foi posteriormente abortada após intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, o corregedor do CNJ acusou os desembargadores Thompson Flores e Lenz Loraci Flores de Lima, assim como o juiz Danilo Pereira Júnior, de descumprirem decisões do STF, o que levou ao pedido de procedimento disciplinar pelo ministro Dias Toffoli. A greve dos juízes destaca a crescente tensão entre os poderes judiciais no país.

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