Segundo Vieira, em 2021, Fernando Gallo, então chefe de políticas públicas do Twitter, iniciou uma correspondência com Yoel Roth, chefe de segurança da plataforma, discutindo a necessidade de uma avaliação aprofundada da conta de Allan dos Santos. Gallo expressou preocupações com os posts de Santos, particularmente aqueles referentes à pandemia de Covid-19, e sugeriu a Roth que considerasse a remoção permanente da conta. A troca de e-mails entre os executivos do Twitter evidencia o peso que as opiniões de Felipe Neto tiveram nas discussões internas, ressaltando seu papel significativo nas decisões estratégicas da rede social antes da aquisição feita por Elon Musk.
A influência de Neto nas redes estendeu-se além do Twitter, culminando em seu convite para participar de um grupo de trabalho do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, em 2023, focado no combate ao “discurso de ódio e ao extremismo”. Paralelamente, através do Instituto Vero, Neto engajou-se ativamente em iniciativas contra a “desinformação” em parceria com o TSE, fortalecendo sua posição como um defensor do “controle” e “regulamentação” de conteúdo nas redes sociais.
As comunicações internas do Twitter revelam que Felipe Neto foi considerado para encontros privados com altos executivos, visando discutir e potencialmente suavizar as tensões sobre as políticas de moderação da plataforma. Essas interações indicam um canal de comunicação direto e privilegiado para Neto, enfatizando sua capacidade de influenciar decisões críticas e moldar as políticas de conteúdo, em contraste com outras vozes na plataforma
As repercussões das ações de Neto no cenário político e digital suscitam debates sobre os limites da intervenção nas redes sociais e o risco de censura. Com o pretexto de combater a desinformação, a manipulação das políticas de moderação do Twitter levanta preocupações sobre a imparcialidade e a equidade no tratamento de diferentes vozes e opiniões na plataforma.
O caso de Allan dos Santos, conforme analisado por Yoel Roth, destaca as dificuldades enfrentadas pelas redes sociais na moderação de conteúdo que reside em áreas cinzentas de expressão e especulação. A controvérsia em torno de Santos aponta para a impossibilidade de equilíbrio entre a censura e a liberdade de expressão, sobretudo quando só são consideradas opiniões de um lado do espectro político.
A reportagem de Eli Vieira sobre Felipe Neto e o Twitter pode ser acessada na íntegra neste link: https://twitter.com/EliVieiraJr/article/1778175188678369703
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Com informações do Portal Novo Norte