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Mendonça diz que Brasil tomou posição pró-Hamas

A fala do ministro do STF ocorreu durante culto evangélico, em São Paulo

No último domingo, 18, andre mendonça  , ministro do  Tribunal Federal (STF), afirmou que o Brasil renunciou à sua neutralidade diplomática em relação ao conflito na Faixa de Gaza, sugerindo ainda que o governo de Luiz Inácio  da Silva se posicionou na guerra e apoiou “um grupo terrorista”.

“O Brasil tomou sua posição”, disse Mendonça, durante um culto evangélico na  Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo, cuja transmissão foi feita pelo YouTube. “Em resposta, tomei a minha posição: defendo a devolução de todos os sequestrados. Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente.”

Mendonça Visitou Israel Após Massacre de 7 de Outubro

Durante aquela ocasião, Mendonça revelou que sua visita a Israel ocorreu após o massacre de 7 de outubro. No país judeu, o ministro afirmou ter dialogado com o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, solicitando neutralidade no conflito.

“Tivemos um almoço com o embaixador e fiz uma colocação: ‘nossa diplomacia é marcada por uma busca de equilíbrio e imparcialidade, então o senhor não acha que se a gente caminhasse mais nesse sentido, em vez de endossarmos uma petição da África do Sul que acusa Israel de genocídio, seria um caminho melhor para sermos agentes de paz?’”, disse o ministro, sem citar a data da conversa.

O juiz afirmou que a resposta de Meyer foi oposta à postura de neutralidade perante o conflito. “Ele me disse: ‘no mundo de hoje não há espaço para o cinza, ou é preto ou é branco”, disse.

Após dialogar com o embaixador, Mendonça afirmou que também se posicionou. Segundo ele, solicitou a todos os cristãos para que não se abstivessem de expressar suas opiniões sobre o conflito na Faixa de Gaza.

“Eu e você, como cristãos, somos chamados a tomar posições, como tudo na vida”, disse o ministro. “Não entro e não vou entrar em lutas por causas ou por atos que não acredito ou não aprovo.”

Ele também disse que “o cristão não pode se omitir em relação a questões e condutas em relação às quais estão em jogo princípios e valores essenciais”. “Não é sair de mártir, mas o cristão também não lava as mãos”, afirmou.

Ele fez um tweet neste domingo, fazendo referência a “tempos difíceis” e citou um versículo bíblico: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; dos que dizem que as trevas são luz e a luz trevas; dos que fazem do amargo doce e do doce amargo.”

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