Na manhã da última segunda-feira (15), um confronto entre aproximadamente 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e as forças de segurança, despachadas pelo governador Tarcísio de Freitas, ocorreu em uma fazenda em Campinas, São Paulo. A fazenda, sob gestão de uma companhia de móveis e acusada pelo MST de improdutividade, foi invadida sob acusações de não cumprir sua função social. O dono da propriedade refuta as alegações, insistindo que a fazenda é utilizada para a criação de gado de corte e cultivo de eucaliptos.
Na sequência da ocupação, o governo do estado convocou um “pelotão de choque”, que incluiu a polícia militar e a guarda municipal, com o objetivo de assegurar a segurança dos proprietários e da propriedade. A situação se agravou quando as famílias, com a chegada das forças de segurança, iniciaram a saída do local, seja por meio de veículos ou a pé, se estabelecendo na Estrada da Servidão em frente ao acesso da fazenda, portando faixas e pertences pessoais.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) argumenta que uma área de cerca de 200 hectares, localizada no Parque Shangrilá, na zona leste da cidade, tem sido objeto de especulação imobiliária sem atender à sua função social por muitos anos. O objetivo da ocupação do movimento não é apenas expor a falta de atividade produtiva da terra, mas também iniciar programas de reflorestamento e cultivo de alimentos saudáveis, incentivando um uso mais justo e eficiente do espaço.
