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‘Não houve, de forma muito clara, uma tentativa de golpe’, diz Gilmar Mendes, sobre 8/1

Entrevista concedida pelo ministro a uma emissora portuguesa em 18 de janeiro de 2023 viralizou nas redes sociais no fim de semana

Durante o fim de semana, um vídeo de 18 de janeiro de 2023 com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comentando sobre o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, ganhou destaque nas redes sociais. O incidente ocorreu dez dias antes das declarações do decano do STF.

“Certamente, não houve de forma muito clara, não se pode dizer que houve uma tentativa de golpe, não houve quem quisesse assumir o poder”, disse o juiz do STF, em entrevista ao Jornal 2, da emissora portuguesa RTP2. “Ocuparam o STF, o Palácio do Planalto e parte do Legislativo. Em seguida, as forças policiais atuaram, e esses palácios foram esvaziados, mas, de qualquer forma, causaram um imenso tumulto, como nós estamos a ver e estamos a discutir, inclusive, no exterior.”

Embora tenha expressado sua opinião no ano passado, Mendes tem sentenciado os acusados do protesto a penas que podem chegar a 17 anos. Até agora, o único que foi absolvido pelo decano foi Geraldo Silva, um morador de rua.

O decano do STF, Gilmar Mendes, comenta as manifestações do 8 de janeiro a uma emissora de Portugal – 18/01/2023 | Foto: Reprodução

Contradição em declarações: Fala de Gilmar Mendes sobre 8 de janeiro contrasta com entrevista recente

No último sábado, dia 16, o site Brasil 247 veiculou uma entrevista com Mendes. Nesta, ele mencionou que considera “incogitável” a anistia aos presos do dia 8 de janeiro. Adicionalmente, segundo o decano, as declarações dos antigos líderes das Forças Armadas indicam “intentos golpistas” por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro, após as eleições de 2022.

De acordo com Mendes, “toda a sociedade brasileira que perfila o sentimento de democracia esperava e espera pela responsabilização não só dos autores materiais, o que já vem ocorrendo; acho que neste sentido as instituições brasileiras têm dado respostas até mais efetivas do que, por exemplo, os americanos para o seu 6 de janeiro do ano anterior, mas também tem a resposta, sobretudo, para aqueles que conceberam toda essa trama e, obviamente, não faz sentido algum da perspectiva jurídica, da perspectiva política, falar-se em anista. “Isso tem que ser claramente repudiado”, disse. “É incogitável que se fale em anistia para esses crimes.” 

As informações são da Revista Oeste

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