Requião Filho (PT-PR), um deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, expressou sua insatisfação com a abordagem do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele mencionou que provavelmente abandonará o partido na próxima oportunidade, visando se unir a uma nova legenda.
A afirmação foi feita em uma entrevista divulgada na sexta-feira 19 pelo jornal Gazeta do Povo. Roberto Requião, ex-governador do Estado e pai do deputado do PT, também demonstra insatisfação com a administração do partido petista e considera a possibilidade de sair do partido.
De acordo com Requião Filho, o governo do PT tem “negligenciado” das promessas feitas no Estado durante a campanha. Ele acredita que a retórica do PT em relação ao Paraná alterou-se após a eleição de Lula em 2022.
“O governo federal tem tratado muito mal o Paraná”, avaliou. “Eles estão agradando políticos com a Itaipu, mas aprovaram o pedágio no Paraná, deixaram vender a Copel sem interferir e ficam passando a mão na cabeça do Juninho [governador Ratinho Junior].”
“O governo federal lavou as mãos e está tentando agradar os prefeitos através dos convênios com Itaipu, querendo gastar dinheiro com mídia em Itaipu”, continuou o deputado do PT.
O deputado também enfatizou que discorda da postura do governo Lula e planeja manter sua posição na Alep em relação às críticas.
“Algumas pessoas do PT dizem que toda e qualquer discussão tem que ser interna”, explicou. “Discordo. Somos funcionários públicos e a política é pública. Então, a discussão tem que ser aberta. Se temos as redes sociais e a mídia, isso tem que ser levado [ao público].”
Deputado do PT Condena o Término da Isenção do Imposto de Renda
O parlamentar do PT expressou nas mídias sociais sua crítica à eliminação da isenção do Imposto de Renda (IR) para os cidadãos brasileiros que recebem até dois salários mínimos. Isso acontecerá por causa do aumento do salário mínimo implementado pelo governo, sem a respectiva atualização da tabela do IR.
Em 2024, houve um aumento de 10,16% no salário mínimo. Por consequência, aqueles que recebem dois salários mínimos viram sua renda saltar de R$ 2.640 para R$ 2.824, um valor que se enquadra na categoria salarial que exige declaração obrigatória.
“Anuncia o novo salário mínimo como uma vitória e não revê a faixa de isenção”, continuou Requião Filho. “Dá com uma mão e tira com a outra e o trabalhador vai receber a mesma coisa se não tiver essa correção.”
O parlamentar defende a isenção até pelo menos cinco salários mínimos. “Arrecadação em cima dos pequenos, não faz sentido. A faixa de isenção tem que ser revista para um patamar condizente com a realidade das pessoas no Brasil.”
As informações são da Revista Oeste
