Parlamentares alegam que operação visa prejudicar imagem do ex-presidente
Nesta terça-feira, 19, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizaram as redes sociais para criticar a Operação Contragolpe, conduzida pela Polícia Federal (PF). A operação resultou na prisão de cinco suspeitos ligados a um suposto plano para cometer um golpe de Estado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os aliados de Bolsonaro classificaram a ação como uma “cortina de fumaça”, afirmando que o objetivo seria associar Bolsonaro à trama.
Comentários de Parlamentares
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, manifestou-se no X (antigo Twitter): “Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime”. Ele lembrou ser autor de um projeto de lei que criminaliza atos preparatórios de crimes dessa natureza e criticou decisões judiciais que, em sua visão, “não têm respaldo legal”.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) respondeu à publicação, reforçando que a operação seria uma “cortina de fumaça” criada para prejudicar a imagem de Bolsonaro, e afirmou que “a lei não é respeitada”.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) compartilhou a postagem de Flávio e citou o filósofo Olavo de Carvalho, afirmando que é necessário punir os “comunistas” pelos crimes que cometem para evitar perseguições injustas.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), outro filho do ex-presidente, disse que as prisões fazem parte de uma “guerra de narrativas” e mencionou que eventos recentes, como o suicídio de um homem na Praça dos Três Poderes, os atos de 8 de janeiro e as investigações contra Bolsonaro, visam atingir a direita. Ele afirmou que “eleições futuras trariam respostas” para essas situações.
Investigação e Operação Contragolpe
Entre os presos estão um general da reserva, ex-assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello, e militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”. As investigações da PF revelam que o plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, envolvia o uso de recursos bélicos e a formação de um “gabinete de crise” que assumiria o controle do país após a execução do golpe.
As informações são da Revista Oeste