Nesta terça-feira, dia 26, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público o relatório da Polícia Federal (PF) relativo ao inquérito que investiga uma suposta “tentativa de golpe de Estado” supostamente envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“No caso da investigação em curso, embora a necessidade de cumprimento das inúmeras diligências determinadas exigisse, a princípio, a imposição de sigilo, onde são realizadas as medidas investigativas, é certo que, diante da apresentação do relatório final e do cumprimento das medidas requeridas pela autoridade policial, não há necessidade de manutenção da restrição de publicidade”, argumentou o ministro.
A Polícia Federal apresentou ao Supremo Tribunal Federal, na semana passada, um documento com mais de 800 páginas delineando o que poderia ser um método para manter Bolsonaro no poder. O “conluio” incluiria uma suposta tentativa de assassinato do ex-presidente Lula, do vice dele, Geraldo Alckmin, e do próprio Moraes.
Devido aos eventos recentes, Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciados pela PF. Agora, o material será enviado por Moraes à Procuradoria-Geral da República, com o objetivo de que a PGR possa ou não se pronunciar a favor da apresentação de uma acusação contra os indiciados.
Alexandre de Moraes mantém sigilo da delação de Cid
No entanto, no mesmo despacho, Moraes continuou mantendo em segredo a “delação premiada” do tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Poucos dias atrás, o militar compareceu ao STF para fornecer um novo depoimento sobre uma possível omissão na colaboração.
Moraes, porém, manteve a validade do acordo, por entender que Cid colaborou com as investigações.
As informações são da Revista Oeste