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Lulista José de Abreu diz que “Xandão vai cuidar do Brasil” ao comentar mudanças da Meta

José de Abreu defende Alexandre de Moraes e sua capacidade de regular redes sociais no Brasil

O ator José de Abreu, conhecido por seu apoio ao governo Lula e por novelas como Avenida Brasil, defendeu publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apelidado como “Xandão”. Durante o programa “Café PT”, transmitido pelo YouTube na última sexta-feira (10), o ator afirmou confiar que Moraes será capaz de regular as redes sociais no Brasil e impedir que empresas como a Meta, controladora de plataformas como Facebook, Instagram e Threads, tenham liberdade irrestrita no país.

Declaração de José de Abreu

Ao comentar as recentes mudanças anunciadas pela Meta, incluindo o fim do sistema de checagem de fatos, José de Abreu destacou a necessidade de um Judiciário forte para controlar as big techs no Brasil:
“Nós temos que confiar que o Xandão vai tomar conta da gente”, afirmou o ator.

José de Abreu criticou a postura do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, que recentemente mencionou que países da América Latina possuem “tribunais secretos” que exigem a exclusão de conteúdos nas redes sociais de forma discreta.

“O Zuckerberg falou de Superiores Tribunais secretos. Ele devia estar defendendo o Elon Musk do Xandão, do Supremo Tribunal Federal. Agora, o Brasil não é terra de ninguém, não é casa da mãe Joana. Nós temos governo, nós temos um Judiciário extremamente sólido. E eu espero e rezo para que o Supremo Tribunal Federal não deixe fazer no Brasil o que eles querem”, afirmou José de Abreu.

Alterações Anunciadas pela Meta

Na última terça-feira (7), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou mudanças significativas no funcionamento das plataformas da empresa. Entre as alterações, está o fim do programa de checagem de fatos e a suspensão de restrições a publicações no Facebook, Threads e Instagram.

As plataformas passarão a moderar conteúdos apenas quando eles forem reportados como nocivos pelos próprios usuários. De acordo com Adam Mosseri, diretor do Instagram, também haverá um aumento na exibição de conteúdos políticos nos feeds.

Reação do Governo Brasileiro

As mudanças anunciadas pela Meta geraram forte reação do governo brasileiro. A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio do advogado-geral da União, Jorge Messias, criticou a empresa e exigiu esclarecimentos sobre as novas diretrizes.

“A Meta é como uma biruta de aeroporto”, declarou Messias, referindo-se à falta de clareza das decisões da empresa.

Em resposta, membros do governo, incluindo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar o impacto das mudanças. Rui Costa classificou a medida como grave e assegurou que o governo tomará “todas as providências necessárias” para garantir o cumprimento das leis brasileiras.

“Tribunais Secretos” e Polêmica

O termo “tribunais secretos”, utilizado por Zuckerberg, foi interpretado como uma crítica às decisões judiciais que exigem a remoção de conteúdos nas redes sociais sem ampla divulgação dos processos. No Brasil, o STF tem sido acusado de atuar de maneira opaca em casos envolvendo censura nas redes sociais, o que gerou debates sobre a liberdade de expressão e a atuação de big techs no país.

Conflito Entre Big Techs e o STF

A defesa pública de José de Abreu a Alexandre de Moraes reflete o crescente embate entre o STF, apoiado pelo governo federal, e empresas como a Meta. De um lado, há o discurso de regulação para combater desinformação e garantir a aplicação das leis brasileiras. Do outro, estão críticas à censura e à falta de transparência em decisões judiciais relacionadas às plataformas digitais.

As mudanças anunciadas pela Meta, que já estão em vigor, devem ampliar esse debate nos próximos meses, com novas diretrizes impactando diretamente o uso das redes sociais no Brasil.

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