Surto do vírus Marburg aterroriza Tanzânia

A doença, que causa febre hemorrágica e danos graves aos órgãos, é transmitida pelo contato com fluidos corporais de pessoas infectadas ou de animais, como morcegos frugívoros. Entre os sintomas iniciais, destacam-se dores de cabeça intensas, febre alta e vômitos, evoluindo rapidamente para um quadro descrito como “fantasmagórico”, com olhos fundos e rostos sem expressão. A falta de vacinas ou tratamentos eficazes obriga os médicos a se concentrarem em cuidados paliativos, enfrentando um elevado risco de contágio.

A localização estratégica de Kagera, um importante corredor de trânsito internacional, aumenta o temor de que o vírus se espalhe para países vizinhos como Ruanda, Burundi e Uganda. A OMS já enviou equipes à região para rastrear e isolar casos suspeitos. No entanto, o atraso na detecção inicial e a dificuldade no rastreamento de contatos tornam a situação ainda mais desafiadora. “Mais infecções devem ser confirmadas nos próximos dias”, alertou Tedros.

Este é o segundo surto do vírus Marburg registrado na Tanzânia em menos de dois anos. Em 2023, um episódio na região de Bukoba resultou em seis mortes. O cenário reforça a necessidade de investimentos urgentes em vigilância epidemiológica, infraestrutura de saúde e no desenvolvimento de vacinas para prevenir crises futuras. Apesar de o risco global de propagação ser considerado baixo, especialistas destacam que o Marburg continua sendo uma das ameaças mais mortais à saúde global.

Com informação do Hora Brasilia.