
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), classificou como “lamentável” a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona a construção de um muro na região da Cracolândia, no Centro da capital paulista. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (20), durante a reinauguração do Mercado Municipal, entregue com um ano e meio de atraso.
A Polêmica do Muro
A estrutura, construída para cercar uma área da Cracolândia, possui 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura. Segundo a prefeitura, o objetivo do muro é garantir a segurança de moradores, pedestres e também dos próprios usuários de drogas. O material utilizado substituiu tapumes frágeis que estavam no local desde maio de 2024.
“Achei estranho um ministro do STF mandar uma notificação pra um prefeito para perguntar de um muro”, afirmou Nunes.
O prefeito argumentou que a estrutura já existia no local, apenas foi reforçada com materiais mais resistentes. Ele também enfatizou que a obra não tem o objetivo de “confinar” os usuários de drogas, mas sim promover maior segurança para todos.
Críticas à Ação no STF
Ricardo Nunes criticou a mobilização no STF, destacando que a questão foi motivada, em sua visão, por “discurso político”.
“Fazer com que um ministro do STF, com tanta ocupação, seja provocado por uma situação só de discurso político, é algo deplorável”, declarou.
O prefeito disse ainda que até o momento a prefeitura não foi oficialmente notificada pela Suprema Corte, mas que está preparada para responder caso isso aconteça.
“As respostas já estão prontas, porque a estrutura já existia ali.”
Repercussão
A construção do muro na Cracolândia é parte das iniciativas da gestão municipal para lidar com os desafios históricos da região, que incluem a alta concentração de usuários de drogas e questões de segurança pública.
A prefeitura defende a iniciativa como uma solução prática e necessária para proteger tanto os moradores quanto os usuários que frequentam a área.