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Mistério de corpo ocultado esconde esquema de R$ 2 milhões em fraude à pensão de agente da PF

Beneficiária morreu em 2016, mas óbito foi escondido por seis anos para manter recebimento do benefício

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) revelou um esquema de fraude que desviou mais de R$ 2 milhões dos cofres públicos por meio da manutenção indevida de pensão por morte de um agente da PF. O caso veio à tona com a deflagração da Operação Dissimulatus, nesta sexta-feira (28), em Alagoas, e revelou que o corpo da pensionista foi ocultado após seu falecimento, em 2016, para que fraudadores continuassem recebendo o benefício federal.

A fraude resultou no pagamento ilegal de R$ 2.135.114,91, entre abril de 2016 e outubro de 2022, segundo informações divulgadas oficialmente pela corporação.

Investigado também é acusado de estupro contra a própria filha

Durante a operação, a Polícia Federal também cumpriu mandado de prisão preventiva contra um dos investigados, expedido pela  Estadual de Alagoas, por estupro de vulnerável praticado contra a própria filha. A prisão foi parte das diligências executadas em Maceió e Arapiraca, onde também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e houve sequestro de bens.

Esquema envolvia falsificação, ocultação de cadáver e uso de terceiros

De acordo com a PF, os envolvidos não registraram o óbito da beneficiária e utilizaram uma terceira pessoa para simular que ela ainda estava viva, garantindo assim a manutenção indevida da pensão por morte. O esquema, sustentado por mais de seis anos, configura um conjunto de práticas ilícitas que agora estão sob investigação formal.

Os alvos da operação devem responder pelos crimes de:

  • Estelionato qualificado contra a União
  • Falsificação de documentos públicos e privados
  • Lavagem de dinheiro
  • Ocultação de cadáver
  • Associação criminosa

Declaração da PF sobre o caso

“A fraude, que permitiu o pagamento do benefício até outubro de 2022, resultou em um desvio de R$ 2.135.114,91, incluindo juros e correção monetária, apesar da beneficiária ter falecido em abril de 2016. Destaque-se que o mandado de prisão preventiva cumprido foi expedido pela Justiça Estadual de Alagoas, contra um dos investigados, em virtude da acusação do crime de estupro de vulnerável praticado contra a própria filha”, detalhou a Polícia Federal.

 

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