
Na noite de terça-feira (29), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) discutiu em suas redes sociais a condenação que recebeu por vestir uma peruca loira e afirmar que as mulheres estavam “perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”, entre outras declarações. Esses eventos ocorreram durante um discurso que ele fez na Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher de 2023.
O deputado destacou várias inconsistências relacionadas ao caso em uma sequência de publicações. Com um toque de ironia, o político começou afirmando que ele teria sido absolvido se tivesse realizado uma “rachadinha”, mas ao contrário, foi condenado por expressar sua opinião.
“A Constituição de 88 garante imunidade parlamentar para opiniões, palavras e votos. Porém, fui condenado em primeira instância e irei recorrer. Meu crime? Usar uma peruca e denunciar a tirania de ativistas LGBT, que me dão razão mais uma vez. Que maravilha de democracia: o parlamentar pode falar…até o limite do que eles decidem que podem ou não” escreveu.
O parlamentar mencionou posteriormente exemplos de políticos e personalidades associadas à esquerda, como o presidente Lula (PT), que não sofreram retaliações por comentários que poderiam ser vistos como homofóbicos ou transfóbicos. Em relação a Lula, a declaração mencionada ocorreu durante a campanha presidencial de 2022, quando ele afirmou que apenas poderia ter vindo “da cabeça de Satanás a história de banheiro unissex”.
“As acusações são as mais berrantes possíveis. Tem coisa que eu não acredito que um ser humano possa acreditar. Mas eles falam e tem gente que acredita. Agora, inventaram a história do banheiro unissex. Oh, gente, eu tenho família, eu tenho filha, eu tenho netas, eu tenho bisneta. Só pode ter saído da cabeça de Satanás a história de banheiro unissex” disse Lula, na ocasião.




Nikolas questionou a falta de ação judicial das entidades LGBTQIA+ em relação ao caso, referindo-se ao discurso do petista.