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Bolsonaro: Regulação das redes leva à “Censura bruta” e inelegibilidade é injusta

Ex-presidente critica proposta de controle digital, defende CPMI do INSS e se isenta de responsabilidade pelos atos de 8 de janeiro

Em entrevista ao portal UOL nesta quarta-feira (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar a proposta de regulação das redes sociais, defendida por setores do governo e do Judiciário. Segundo ele, o plano é um “caminho para a censura bruta” que ameaça a liberdade de expressão nas plataformas digitais.

“É censura bruta”, afirmou o ex-presidente, ao criticar os projetos que visam fiscalizar e limitar o conteúdo veiculado online.

“Estava na Disney em janeiro”, diz Bolsonaro sobre 8/1

Durante a entrevista, Bolsonaro negou envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília. Ele atribuiu a responsabilidade à esquerda, alegando que não estava no Brasil no dia dos eventos:

Estava fora em janeiro”, justificou. “É justo pagar uma pena por depredação de patrimônio se eu estava na Disney?

O ex-presidente ressaltou que, na ocasião, o governo já estava sob o comando de Luiz Inácio Lula da Silva, e que qualquer tentativa de culpá-lo pelas ações não se sustenta juridicamente.

Crítica aos governadores de direita

Bolsonaro também fez críticas aos governadores aliados que, segundo ele, não se manifestaram sobre sua inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele sugeriu que esses líderes deveriam se posicionar publicamente em sua defesa:

“Eles deveriam ao menos questionar os motivos da decisão do STF”, reclamou.

Inelegibilidade não deve entrar em projeto de anistia

Sobre a discussão de um eventual projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Bolsonaro se mostrou contrário à inclusão de seu nome entre os beneficiários:

“Não quero anistia. Isso é admitir culpa. Minha inelegibilidade não tem fundamento”, disse.

CPMI do INSS: “A esquerda não assinou”

Ao comentar o escândalo de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, Bolsonaro defendeu a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) e destacou que nenhum parlamentar do PT, PSOL, PCdoB ou PDT assinou o requerimento:

“Nós, da direita, assinamos a CPMI. PT, PSOL, PCdoB, PDT, ninguém assinou”, afirmou.

O ex-presidente defendeu investigações rigorosas sobre o caso, que já levou ao afastamento de servidores e do então presidente do INSS.

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