
O governo do presidente Javier Milei anunciou que já eliminou mais de 50 mil cargos públicos desde sua posse, em dezembro de 2023. A medida, segundo o Ministério da Desregulação e Transformação do Estado, resultará em uma economia de cerca de US$ 2 bilhões por ano para os cofres da Argentina.
A informação foi divulgada na quinta-feira (26) pelo ministro Federico Sturzenegger, durante congresso do partido Liberdade Avança.
“Em maio superamos as 50 mil desvinculações desde que Javier Milei chegou ao governo, sem impactar significativamente os serviços prestados”, afirmou Sturzenegger.
Cortes atingem diferentes setores do Estado argentino
O balanço detalhado dos cortes mostra que:
- 29,4 mil cargos foram extintos na administração pública;
- 15,5 mil em empresas estatais;
- 5,5 mil nas forças armadas e de segurança.
Segundo o governo, os cortes revelam que muitos dos cargos “não tinham utilidade real” para o funcionamento do Estado.
Reações e críticas dos sindicatos
Os sindicatos de servidores públicos reagiram com críticas à medida. A Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) alertou para possíveis prejuízos a serviços essenciais, como saúde, previdência e meteorologia.
“A redução de pessoal compromete áreas vitais como o serviço de vacinas, o Instituto Nacional do Câncer e o atendimento em hospitais”, disse Rodolfo Aguiar, secretário-geral da ATE, à CNN.
Disputa entre eficiência e precarização
A ação faz parte do plano de Milei para reduzir drasticamente os gastos públicos e promover um Estado mínimo, mas levanta preocupações sobre a continuidade de serviços essenciais à população.
Enquanto o governo defende os cortes como necessários e eficientes, setores da sociedade civil argumentam que a medida prejudica a prestação de serviços básicos.