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Falso médico forja própria morte e é descoberto ao registrar filha em cartório

Falso médico causou mortes, forjou a própria morte e foi descoberto ao registrar filha em cartório.

Fernando Dardis atuou ilegalmente por quase uma década, provocou mortes e enganou a Justiça com atestado de óbito falso

Fernando Henrique Dardis, conhecido por usar identidades falsas, voltou aos noticiários após ser preso em São Paulo por forjar a própria morte. O caso se torna ainda mais grave diante das acusações de exercício ilegal da medicina por quase dez anos e duas mortes atribuídas a seus erros.

A primeira prisão de Fernando ocorreu em 2009, quando, sob o nome Fernando Henrique Guerreiro, tentou se passar por agente da lei. Portava um distintivo falso, mas uma arma de fogo real, além de munições e carregadores. Condenado, cumpriu dois anos em regime aberto com serviços comunitários.

Nova identidade e mortes de pacientes

Posteriormente, ele assumiu nova identidade, roubando os dados de um professor e médico, passando a se chamar Ariosvaldo Diniz Florentino. Sob esse nome, começou a atender como falso médico em um hospital de Sorocaba (SP), mesmo sem qualquer formação na área.

Duas pacientes morreram em decorrência de suas ações. A primeira foi Helena Rodrigues, que, com dores nas costas, recebeu medicação contraindicada para sua condição de cardíaca. Ela sofreu um infarto fulminante. A segunda vítima, Terezinha Monticelli, já internada na UTI, teve seu quadro agravado por negligência e falta de tratamento adequado, levando-a à morte.

Tentativas de fuga e atestado de óbito falso

Enquanto a Justiça investigava os casos, Fernando tentou adiar o julgamento com atestados médicos. Sem sucesso, sua defesa apresentou um falso atestado de óbito, assinado por uma amiga próxima. A estratégia parecia ter dado certo: Fernando foi considerado oficialmente morto.

Entretanto, após abandonar a identidade de Ariosvaldo, ele retomou seu nome original, Fernando Dardis, e voltou a atuar na medicina, agora com outro diploma falso.

Descoberto ao registrar a filha

A farsa ruiu quando ele foi ao cartório registrar sua filha. O sistema cruzou os dados e identificou-o, graças a um alerta do Ministério Público direcionado aos cartórios sobre o caso.

Fernando foi preso novamente e agora responderá por diversos crimes, incluindo exercício ilegal da profissão, falsidade ideológica, fraude processual e homicídio culposo. As autoridades acreditam que desta vez ele não conseguirá escapar da Justiça.

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