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Vendas no varejo caem pelo segundo mês seguido e frustram expectativas do mercado

Vendas no varejo caem 0,2% em maio e frustram projeções; setores sensíveis ao crédito evitam retração maior.

Recuo de 0,2% em maio surpreende analistas e sinaliza desaceleração no consumo das famílias

As vendas do comércio varejista registraram queda de 0,2% em maio de 2025, marcando o segundo mês consecutivo de retração, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o índice já havia recuado 0,3%, número revisado pelo instituto.

O resultado frustrou as projeções do mercado, que esperavam alta de 0,2% no mês. Apesar da sequência de quedas, a média móvel trimestral ainda apresentou leve crescimento de 0,1% no período encerrado em maio.

Crescimento na comparação anual e destaque para o varejo ampliado

Na comparação com maio de 2024, sem ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo subiu 2,1%. Já o comércio varejista ampliado, que engloba os segmentos de veículos, motos, peças e material de construção, registrou crescimento de 0,3% em relação a abril.

Setores que impulsionaram o resultado

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram alta em maio, com destaque para:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: +3%
  • Móveis e eletrodomésticos: +2%
  • Artigos farmacêuticos e de perfumaria: +1,7%
  • Tecidos, vestuário e calçados: +1,1%
  • Hiper/supermercados e produtos alimentícios: +0,4%

Segmentos em queda

Três setores registraram retração no mês:

  • Artigos de uso pessoal e doméstico: -2,1%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: -2%
  • Combustíveis e lubrificantes: -1,7%

Análise do mercado: crédito x renda

Para o economista sênior do Banco Inter, André Valério, o resultado de maio “não é tão ruim”, diante de avanços em setores com maior sensibilidade ao crédito:

“O varejo mais sensível a crédito avançou 1,3% em maio, recompondo perdas de abril, enquanto o sensível à renda ficou estável pelo segundo mês consecutivo.”

O comentário destaca que, mesmo com o cenário adverso, há sinais de resiliência em determinados nichos do consumo.

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