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Mutirão Global: Pantanal impõe rota para a sustentabilidade…

Em sua sexta carta o Presidente da COP 30, exorta para os países elevarem suas ambições climáticas, através de um muxirum global:

” – Vamos trabalhar em conjunto, no espírito do Mutirão Global, para garantir que a COP30 seja lembrada como o momento em que o mundo escolheu a unidade em vez da divisão, a ação em vez da procrastinação e o legado em vez da inércia(grifo nosso) – mudando por escolha, juntos”.

Tratando do assunto clima, também veio à luz uma esclarecedora definição, com a publicação do Mapa Hidrogeológico de Mato Grosso do Sul, publicado pelo SGB (Serviço Geológico do Brasil)”, trazendo as características de cada formação dos Estados MT e MS e das periferias do Pantanal.

Mapa Hidrogeologico do Brasil e recarga do Aquífero Guarani

Cronometrada como numa tragédia, reabriram-se as cortinas e a mais antiga e destruidora narrativa sobre o Pantanal, apareceu iluminada por miriade de holofotes, coberta de plumas, expelindo strass por canhões de ar comprimido e no meio da fumaça de gelo seco, surge a WWF Brasil com sua desgastada fantasia anti HPP e anti PCHs…

WWF-Brasil alerta: Pequenas Centrais Hidrelétricas no Pantanal podem gerar prejuízo de R$ 7 bilhões

“- Esta análise está amparada por dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e com base na metodologia oficial de Análise de Custo-Benefício (ACB) do governo federal…”

O que não está amparado pela ANA e ANEEL é o número escolhido pela WWF Brasil, orçando hipotética e “baratissima” alternativa de um mix de energia térmica , eólica e solar, para servir de efeito comparativo ao investimento total da iniciativa privada, tentando misturar a este sofisma engendrado em malignas mentes:”-comparando o cenário das PCHs a uma alternativa ( narrativa mitômana da própria ONG destaque nosso) de mix de energias renováveis não-hídricas (50% eólica, 42% solar, 4% biomassa e 4% biogás).”

Desde que o PCBAP e a ANA se livraram cientificamente dos grilhões importados por tais concupiscentes diretivas ideológicas, analisando uma solução orgânica para o veloz arrastamento nas Bacias dos rios no Planalto, entupindo com sedimentos o Pantanal, descontrolando seus pulsos de inundação e seca, matando rios como o Taquari na Planície, transformando chuvas normais em enchentes e pulsos normais de seca em desertificação, onde determinadas regiões passaram a conviver com meio ano de enchente e meio ano de incêndios.

Havia me despedido em julho, voltei em agosto, revoltado com os mitos que ainda dominam o noticiário sobre o Pantanal, que passei tantos anos repetitivamente expondo desmentidos, e para os quais exorto a atenção, principalmente dos que se deixam tocar pela beleza do Pantanal como a mais perfeita definição de que seria o paraíso possível no planeta Terra.

O fenomeno REI impõe cientificamente que se faz necessário diminuir a velocidade das águas dada a enorme altura dos nossos Planaltos fazendo com que o Rolamento arraste sedimentos para a Planície quase horizontal, sem dar tempo à Evaporação que potencializa as chuvas locais e a Infiltração único instrumento que possibilita a recarga dos aquíferos do subsolo.

A ANA e o PCBAP já confirmaram isso ao definir as PCHs e suas barragens como únicas formas modernas de recuperação dos rios e da produção pesqueira regional.

Paralelo aos mais de 40 anos da inversão no sentido da tradução nas conclusões publicadas por Stephen Hamilton, que afirmou categoricamente que seu trabalho era só um background de dados cientifícos que NÃO poderiam embasar uma conclusão cientifica absoluta, origem de um cisma teológico que o comodismo e a omissão cultuam obtusamente.

Desde o alvorecer do Século 21 acabou a navegação comercial para Cáceres e Poconé Porto Cercado, inviabilizada por uma concupiscente campanha Anti HPP, vilanizando empurradores e barcaças que a WWF Brasil afirmava destruir barrancas, desconsiderando sua baixa velocidade e os consequentes frutos de melhorar a auto dragagem e o carreamento de sedimentos no canal principal.

Uma perícia técnica isenta responderia às perguntas que o Pantanal insiste em impor:

* 25 anos sem HPP para Cáceres melhorou ou piorou a condição ambiental do Rio Paraguai?

* 25 anos sem PCHs nos trechos de Planalto nos Rios que demandam o Pantanal, melhoraram ou pioraram as condições de assoreamento dos rios na Planície?

* Os rios afluentes da margem direita do Rio Paraguai como Bugres, Cabaçal, Sepotuba, Jauru, Sistema Deltaico Corixa Grande, Lagos Limítrofes Brasil -Bolívia, Rio Tucavaca são ou não são componentes importantes das águas do Pantanal e porque são omitidos como área de recarga nos mapas do Pantanal e do Aquífero Guarani?

* Rio Paraguai, Rio Paraná e Rio Uruguai são Bacias diferentes ou Sub-Bacias da grande Bacia do Prata ou Cuenca del Plata?

Chegou a hora da academia e a pesquisa científica , aceitarem o repto do Presidente da COP 30 e programar um grande Muxirum Global de Informação e escolhermos, em vez da divisão para conquistar, procrastinação para espoliar commodities ambientais ou a inércia. de manter velhas práticas destrutivas, mudando para uma escolha coletiva, junto com a população urbana optando por trilhar a rota tradicional pantaneira para a perenidade e sustentabilidade ambiental da magnífica unidade histórica, cultural, geográfica e sócio econômica: O Pantanal !

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Armando Arruda LacerdaPorto São Pedro

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