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EUA sancionam Padilha por violação de direitos humanos; ministro cancela viagem com Lula

Acusação de Washington está ligada ao combate à corrupção e crimes cibernéticos. Ministro das relações institucionais nega irregularidades e cancela ida a Nova York.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi alvo de sanções do governo dos Estados Unidos sob a acusação de violações de direitos humanos, o que o levou a cancelar sua participação na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem a Nova York. A decisão de Washington, que implica o bloqueio de bens e a restrição de acesso ao sistema financeiro americano, foi comunicada na noite de quinta-feira, pegando de surpresa o governo brasileiro.

De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, as sanções estão relacionadas a supostas ações de Padilha durante seu período como ministro da Saúde, especificamente no que diz respeito a contratos e políticas de combate à corrupção e crimes cibernéticos. O governo dos EUA alega que as medidas tomadas por Padilha violaram direitos de privacidade e liberdades civis.

Em nota oficial, Padilha negou veementemente as acusações, classificando-as como “infundadas” e “sem qualquer base factual”. Ele afirmou que sua atuação sempre foi pautada pela legalidade e transparência e que todas as suas ações foram baseadas em decisões colegiadas e com o aval de órgãos de controle.

A decisão de Padilha de não seguir com a viagem a Nova York foi tomada em comum acordo com o presidente Lula, com o objetivo de evitar um constrangimento diplomático. Lula, que se prepara para discursar na Assembleia Geral da ONU, disse lamentar o ocorrido e expressou solidariedade ao seu ministro. A agenda de Padilha nos EUA incluía reuniões com investidores e autoridades americanas para discutir as relações comerciais entre os dois países.

A situação cria um impasse diplomático em um momento em que a relação entre Brasil e EUA parecia estar em um bom momento. O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, está em contato com a embaixada americana em Brasília para buscar esclarecimentos e tentar reverter a medida.

Da redação Midia News

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