
A pulverização agrícola é uma das práticas mais estratégicas no manejo de lavouras e pastagens. Muito além de aplicar defensivos ou fertilizantes, trata-se de um processo que exige planejamento, conhecimento técnico e atenção às condições climáticas. Escolher o momento certo do ano pode representar a diferença entre uma safra produtiva e o desperdício de tempo e recursos.
De acordo com agrônomos, a melhor época para pulverizar é aquela em que as condições climáticas favorecem a absorção dos produtos e reduzem o risco de perdas. Geralmente, os períodos de clima mais ameno, com temperaturas entre 20°C e 30°C, ventos abaixo de 10 km/h e umidade relativa acima de 60%, são os mais indicados. Essas condições são mais comuns no outono e na primavera, quando o calor não é excessivo e a evaporação dos produtos é menor.
A hora do dia também é determinante. Pulverizações realizadas no início da manhã ou no final da tarde apresentam melhor desempenho, pois há menos incidência solar e o ar está mais estável, evitando a deriva — quando o produto é desviado pelo vento para fora da área-alvo.
Durante o período chuvoso, é fundamental evitar aplicações, já que a água pode diluir ou lavar o produto, reduzindo sua eficácia e aumentando o impacto ambiental. Em pastagens, a pulverização deve ser planejada conforme o estágio de crescimento das plantas e a infestação de pragas ou plantas daninhas, priorizando épocas de solo firme e vegetação ativa.
Nos últimos anos, o uso de drones agrícolas revolucionou o processo de pulverização, trazendo mais precisão e economia. Com sensores e sistemas automatizados, esses equipamentos permitem aplicar o produto de forma uniforme, ajustando a dosagem e reduzindo desperdícios, mesmo em áreas de difícil acesso.
Para o produtor rural, a recomendação é clara: planejar o manejo anual, observar as condições climáticas locais e contar com orientação técnica. Com isso, é possível alcançar maior produtividade, menor custo e sustentabilidade na atividade agrícola.
Da redação Mídia News