
O anúncio da aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), antes da idade compulsória de 75 anos, tem agitado o cenário jurídico e político nacional. Juristas e analistas têm se debruçado sobre os motivos que levaram o magistrado, com 67 anos, a deixar a Corte antes de 2033.
Em entrevista recente, Barroso, que encerrou sua trajetória no STF, havia mencionado que sua vida é feita de “ciclos” e que faria uma “reflexão muito profunda” sobre o que gostaria de fazer. Ele não descartava a possibilidade de se afastar para ter mais tempo para projetos pessoais, incluindo familiares – como a chegada de um neto – e para “aproveitar a vida de uma forma mais leve, com mais poesia”.
A ideia de uma saída já era um projeto antigo. O ministro revelou que tinha um trato com sua falecida esposa de se aposentar para que pudessem viajar e desfrutar de mais tempo juntos. Apesar de a motivação específica ter mudado após o falecimento dela, o desejo de reavaliar o futuro e buscar uma vida menos exigente persistiu. A gestão intensa na presidência do STF, encerrada recentemente, também contribuiu para o cenário de exaustão e busca por um novo ritmo de vida.
O jurista, reconhecido por sua atuação como um dos principais constitucionalistas do país antes de sua nomeação, deixa um legado marcado por decisões relevantes e por um período de forte visibilidade do Judiciário. Sua saída abre a terceira vaga a ser preenchida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, neste mandato, gerando intensa especulação sobre o próximo nome a integrar o Supremo.
Da redação Midia News