A Transparência Internacional (TI) emitiu uma forte crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva devido à inclusão dos empresários Joesley e Wesley Batista, da J&F/JBS, em comitivas internacionais do governo. A entidade, reconhecida globalmente por seu trabalho contra a corrupção, manifestou preocupação com a aparente normalização da participação de figuras envolvidas em grandes escândalos em eventos oficiais, alertando que a atitude pode sinalizar uma perigosa mensagem de impunidade.
Os irmãos Batista, que firmaram acordos de delação premiada expondo esquemas de corrupção que atingiram a cúpula política e empresarial brasileira, foram notadamente incluídos em viagens como a recente à China e, em outra ocasião, em compromissos na Indonésia.
A Transparência Internacional sublinha que a presença desses empresários ao lado do chefe de Estado em missões diplomáticas e comerciais levanta questionamentos sobre o compromisso do governo com a ética pública e o combate à corrupção. A TI reforça a importância de manter um distanciamento claro de indivíduos que foram protagonistas de graves denúncias, para que a sociedade não interprete tais gestos como um endosso ou a minimização dos atos ilícitos cometidos. A organização insiste que a luta contra a impunidade deve ser uma prioridade inegociável, independentemente do poder econômico dos envolvidos, e que a inclusão dos Batista nas comitivas presidenciais mina os esforços por maior integridade no setor público e privado.
Da redação Midia News
