
Nos últimos anos, o marketing de influência passou por uma transformação acelerada. Se antes o poder estava nas mãos de influenciadores humanos, hoje observamos a ascensão de um novo fenômeno: os influenciadores virtuais criados por meio de realidade aumentada (RA) e inteligência artificial (IA). Esses personagens digitais não apenas ganham seguidores nas redes sociais, mas também conquistam contratos milionários com marcas globais, disputando espaço com celebridades e criadores de conteúdo tradicionais.
De avatares experimentais a estrelas globais
O início dessa tendência foi marcado por personagens como Lil Miquela, criada em 2016, que rapidamente se tornou uma sensação no Instagram. De lá para cá, dezenas de influenciadores digitais surgiram, cada um com estilo, narrativa e até “personalidade” próprias. Graças aos avanços da realidade aumentada e da modelagem 3D, esses avatares evoluíram de figuras estáticas para personagens extremamente realistas, capazes de interagir com seguidores em tempo real e aparecer em campanhas publicitárias de forma convincente.
Essa evolução tornou os influenciadores de RA uma ferramenta estratégica para marcas que buscam inovação, controle de imagem e engajamento contínuo. Diferente de um humano, um influenciador digital não envelhece, não se envolve em escândalos e está disponível 24 horas por dia.
Por que as marcas apostam nesses influenciadores?
O apelo dos influenciadores virtuais vai além da novidade tecnológica. Eles representam uma forma de conexão com o público que mistura entretenimento, fantasia e marketing. Muitas empresas os utilizam como mascotes modernos, capazes de dialogar diretamente com jovens imersos em ambientes digitais como o TikTok, Instagram e até plataformas imersivas do metaverso.
Além disso, esses influenciadores oferecem total controle criativo: cada postagem, cada colaboração e cada resposta pode ser planejada pela equipe responsável. Isso reduz riscos e amplia o potencial de narrativas integradas a campanhas de longo prazo. Grandes marcas de moda, tecnologia e até alimentação já apostaram nesse modelo, provando que o investimento gera retorno em engajamento e vendas.
O impacto no comportamento dos consumidores
Os consumidores, principalmente da Geração Z e Alpha, cresceram em um ambiente digital em que a linha entre o real e o virtual é cada vez mais tênue. Para eles, seguir um influenciador de realidade aumentada não é estranho; ao contrário, pode ser até mais interessante do que acompanhar uma pessoa real. O fato de esses personagens poderem estar em lugares “impossíveis” e viver situações irreais gera curiosidade e engajamento.
No entanto, esse fenômeno também levanta debates. Até que ponto os seguidores sabem que estão interagindo com uma criação digital? E como fica a questão da transparência, especialmente quando esses personagens recomendam produtos? A discussão ética ainda está em aberto, mas a tendência é que os reguladores exigem cada vez mais clareza por parte das marcas e criadores.
O futuro dos influenciadores virtuais
O crescimento desse mercado aponta para uma convergência entre realidade aumentada, inteligência artificial e metaverso. Em breve, veremos influenciadores digitais participando de transmissões ao vivo, respondendo perguntas em tempo real e até personalizando sua interação com cada seguidor de acordo com dados de comportamento.
Especialistas acreditam que esses personagens não substituirão completamente os influenciadores humanos, mas passarão a coexistir em campanhas híbridas, onde humanos e avatares digitais dividem o protagonismo. A grande vantagem é a flexibilidade narrativa: um avatar pode representar valores, causas e estilos de vida de maneira moldada sob medida, sem limitações físicas ou sociais. Baixar video Instagram
Conclusão
O crescimento dos influenciadores de realidade aumentada não é apenas uma moda passageira, mas um reflexo da transformação digital no consumo de conteúdo e publicidade. Eles representam um novo capítulo no marketing de influência, onde tecnologia e criatividade se fundem para construir conexões emocionais e, ao mesmo tempo, estratégicas. Para marcas, trata-se de uma oportunidade de explorar novos territórios; para consumidores, uma chance de viver experiências inéditas e interativas. O futuro, sem dúvida, será compartilhado entre humanos e avatares.
Fonte: Izabelly Mendes




