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Perfis verificados: ainda valem a pena?

Nos últimos anos, porém, esse cenário mudou radicalmente

Durante muito tempo, o selo azul ao lado do nome de um perfil nas redes sociais representava status, credibilidade e reconhecimento. Era um símbolo exclusivo, conquistado apenas por celebridades, influenciadores relevantes, jornalistas e grandes marcas. Conseguir a verificação era visto como um marco, uma validação da importância e da autenticidade de quem estava por trás daquela conta. Além disso, o selo trazia vantagens reais: aumentava a confiança do público, facilitava negociações com empresas e ajudava a combater falsificações e perfis falsos.

Nos últimos anos, porém, esse cenário mudou radicalmente. Com a chegada de programas pagos como o Meta Verified, no Instagram e Facebook, e o X Premium, no antigo Twitter, o acesso à verificação foi democratizado. Hoje, qualquer usuário que esteja disposto a pagar uma mensalidade pode ter o famoso selo azul. Essa mudança dividiu opiniões. Por um lado, abriu espaço para que pequenos empreendedores, criadores de conteúdo em ascensão e até usuários comuns possam transmitir maior credibilidade e usufruir de benefícios adicionais. Por outro, esvaziou o valor simbólico do selo, que deixou de ser uma conquista restrita e passou a ser visto como apenas mais um recurso disponível para quem pode investir.

Apesar da perda de exclusividade, a verificação ainda oferece vantagens. Em algumas plataformas, os algoritmos dão maior visibilidade a perfis verificados, aumentando o alcance das publicações. A checagem documental exigida no processo de assinatura continua funcionando como forma de autenticar a identidade, o que ajuda a proteger contra imitações. Além disso, o usuário verificado costuma ter acesso a suporte prioritário, recursos de segurança adicionais e até impulsionamento natural de seus conteúdos. Esses fatores tornam o selo útil, especialmente para quem enxerga a presença digital como ferramenta de trabalho.     Baixar video Instagram

O problema é que, aos olhos do público, o selo já não carrega a mesma aura de importância. Muitos seguidores entendem que a verificação se tornou apenas uma questão de pagamento, o que reduz o peso do selo como símbolo de status. Outros, no entanto, veem como algo natural dentro do processo de profissionalização, comparando o investimento na verificação ao uso de anúncios pagos ou de ferramentas de marketing. Ou seja, a percepção mudou e está diretamente ligada ao objetivo de cada conta.

No fim das contas, a questão se resume a propósito. Para quem deseja apenas status, provavelmente não faz mais sentido buscar a verificação, já que o selo perdeu boa parte de sua força simbólica. Mas, para criadores de conteúdo, marcas e empresas que querem transmitir segurança, ganhar destaque nos algoritmos e facilitar negociações comerciais, a verificação ainda pode ser um investimento estratégico. Em um ambiente digital cada vez mais competitivo, o selo azul deixou de ser um troféu exclusivo e passou a ser uma ferramenta. E como toda ferramenta, seu valor depende de como é utilizada.

Fonte: Izabelly Mendes

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