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Governo Lula propõe redução de carne nas refeições para refugiados venezuelanos em Roraima

Governo Lula quer reduzir quantidade de carne na marmita de refugiados venezuelanos

A administração de Lula está sugerindo uma diminuição na proporção de carne bovina, suína e de frango nos pratos oferecidos aos refugiados venezuelanos em Roraima. De acordo com o plano formulado pelo governo, é esperado um decréscimo de no mínimo 50 gramas de carne bovina por marmita, bem como uma potencial diminuição no peso total das refeições.

A Operação Acolhida, em atividade desde 2018, coordena a distribuição de alimentos aos refugiados, visando ajudar os venezuelanos que estão fugindo da crise humanitária e política em seu país. Essa ação é administrada pelo Ministério da Defesa e pelo Exército, tendo como base as cidades de Boa Vista e Pacaraima (RR).

A diminuição do montante de proteína está contemplada no processo de licitação deste ano, previsto para terminar nesta quarta-feira (27/3). Esse novo contrato substituirá o que está em vigor desde março de 2023.

A licitação para o contrato atual começou em 2022, sob a administração de Jair Bolsonaro. Esse procedimento estipulava que todas as refeições de almoço e jantar deveriam incluir 150 gramas de proteína desossada ou 180 gramas se fosse com osso. No contexto de peixe, as porções deveriam ser de 130 gramas se incluíssem espinha ou 160 gramas sem ela. Confira as mudanças propostas para o menu abaixo.

No processo licitatório de 2024, desenvolvido durante o governo Lula pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de contratar um novo fornecedor, a quantidade de “carne suína, bovina e de frango” varia de 83 a 150 gramas. No caso do peixe, o termo de referência determina 200 gramas. Ao contrário da licitação de 2022, a atual não especifica se o peso deve ou não incluir o osso.

Assim sendo, haverá um corte de pelo menos 50 gramas na quantidade de carne bovina, de no mínimo 30 gramas no frango, e uma diminuição de ao menos 97 gramas na carne de porco.

As alterações na quantidade de proteína também foram vistas na licitação de 2024, que incluiu ovos de galinha ou codorna no planejamento da dieta. Pratos que contêm ovos não terão carne incluída, contrastando com 2022, quando a proteína era limitada a carne bovina, suína, de frango ou peixe.

No que diz respeito ao planejamento alimentar para indivíduos com restrições dietéticas, como “diabéticos”, “obesos” e “hipertensos”, houve uma redução ainda mais significativa na quantidade de proteínas de um ano para o outro. No que se refere à carne bovina, a quantidade diminuiu de 100 gramas para 25 gramas. Confira as alterações propostas para o cardápio abaixo.

As refeições de almoço e jantar fornecidas aos refugiados, além de proteínas, incluem arroz ou macarrão, feijão, um acompanhamento e salada. Uma análise com base nas quantidades de alimentos estabelecidas no Planejamento Alimentar do Termo de Referência das licitações de 2022 e 2024 indica que a quantidade de comida disponibilizada para os refugiados pode ser reduzida.

No acordo de 2022, foi definido que as refeições de almoço e jantar servidas em marmitas deveriam ter precisamente 650 gramas de alimento. No entanto, no plano de 2024, a referência deixou de ser o peso e passou a ser as calorias. Segundo a nova licitação, a marmita deverá prover 680 calorias.

Ao totalizar as porções de alimentos disponíveis no menu da companhia que está à frente da licitação de 2024, nota-se que, em seis dos sete dias da semana, a companhia fornece uma marmita com uma quantidade inferior de comida comparado ao contrato anterior.

Quando questionado pela coluna acerca da redução de proteína na refeição fornecida aos refugiados venezuelanos, o Ministério da Defesa rejeitou a alegação e afirmou que “segue a padronização adotada internacionalmente em operações de caráter humanitário”. Com informações de Metrópoles/Guilherme Amado.

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