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Estadão: Só incompetência ou caprichos justificam prorrogação do inquérito das ‘milícias digitais’

Investigação da Polícia Federal supervisionada pelo STF completa dois anos e meio

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou pela nona vez nesta semana o Inquérito 4874. Este inquérito, que já tem dois anos e meio de duração, investiga a suposta presença de “milícias digitais”.

A duração prolongada da investigação, que está sendo conduzida em segredo, é o assunto do editorial do jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira, 24. “Só a incompetência ou caprichos justificam a nona prorrogação do inquérito”, declara o Estadão. Uma outra “inquérito infinito” é a das fake news, que chegará a cinco anos em março.

Em relação às milícias digitais, o Estadão apresenta duas possibilidades: a de uma organização criminosa atuando de maneira inédita no país ou a de uma incompetência da Polícia Federal e do STF. “Seja como for, o inquérito há de ter um fim. Inquéritos infindáveis não se coadunam com um Estado Democrático de Direito.”

‘Inquéritos precisam ser concluídos’, diz Estadão

O Estadão, da mesma maneira que se posicionou sobre as fake news, acredita que a investigação, apesar de suas irregularidades e ilegalidades, foi essencial, segundo o jornal, “quando Jair  lançou suas garras contra a democracia brasileira”. No entanto, o jornal afirma que a situação mudou graças a suposta“à firme disposição do STF para fazer valer a Constituição sobre os ataques dos que se revelaram seus piores inimigos desde a redemocratização do país”.

“Esses inquéritos precisam ser concluídos, em primeiro lugar, por imperativos constitucionais e democráticos. Mas também para que o próprio STF retome o curso normal de sua atuação no regime republicano e, assim procedendo, resgate a confiança da parcela da população que enxerga a Corte como um tribunal político”, afirma o jornal.

A Polícia Federal precisa seguir a lei: reportar quaisquer sinais de autoria e evidências materiais, se existirem; se não, o Supremo Tribunal Federal deve encerrar a investigação.

As informações são da Revista Oeste

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