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Advogado de Mauro Cid diz que Exército não “topou” participar de suposto “golpe”

Advogado de ex-aliado de Bolsonaro afirma que suposto ‘golpe de Estado’ não avançou por falta de apoio do Exército

Cezar Bittencourt, advogado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do antigo presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou na terça-feira (13) que o alegado “golpe de Estado” exposto pela delação premiada de seu cliente não progrediu devido à falta de apoio do Exército. A cooperação do militar foi o estopim para a operação da Polícia Federal iniciada na semana passada, visando Bolsonaro e seus aliados, incluindo ex-ministros e assessores.

“Só não houve golpe por uma razão: o Exército não topou, simples assim. Porque o Exército sabe quem foi o capitão indisciplinado que formou complô contra o próprio Exército, acha que iriam embarcar nessa furada”, Bittencourt indagou em uma entrevista à BandNews TV.

Segundo Cezar Bittencourt, a caserna desconfia de Bolsonaro e menciona que ele e Cid estão “dispostos a colaborar com o Exército, mas não podemos inventar”. Ele adicionou que o tenente-coronel não irá esconder detalhes sobre os acontecimentos no gabinete presidencial.

“Temos uma relação excelente com as autoridades policiais, mas não podemos omitir, se pergunta, responde. É uma questão de especulação, de mídia, aliás o Brasil adorou ver a conferência. Aí desnudou toda a trama, ali ficou claro que ele queria apoio das Forças Armadas”, disparou citando a reunião de Bolsonaro com ministros.

Bittencourt reiterou que Mauro Cid foi “prejudicado” quando designado para auxiliar Bolsonaro na assistência de ordens da Presidência. Ele explicou que Mauro Cid, que “era comandante do batalhão de Goiânia, era o caminho natural da carreira dele, ele foi prejudicado quando os generais o mandaram assessorar o presidente. Ele iria falar não? Aí o chefe dele passa a ser o presidente, o presidente passa as coordenadas e ele vai fazer”, enfatizou.

A operação denominada Tempus Veritatis, que mirou Jair Bolsonaro, culminou na realização de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra o ex-chefe de Estado e seus apoiadores.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou os mandados. Ele fez menção a um suposto decreto que envolve a prisão dele mesmo, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de sugerir a convocação de novas eleições.

Segundo a pesquisa, baseada em parte na delação premiada de Cid, os acusados teriam atuado para anular o resultado das eleições de 2022, que culminou na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo da eleição ocorrer.

A versão da polícia é que o grupo principal de Bolsonaro trabalhou para desacreditar as urnas e promover ações extremistas, e depois tentou persuadir as Forças Armadas a intervir para evitar a transferência de poder após a confirmação da vitória de Lula.

As informações são da Gazeta do Brasil.

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