A partir da próxima segunda-feira (8), o uso de câmeras corporais será obrigatório para todos os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre após a morte de três homens durante uma operação do Bope na semana passada.
A ação ocorreu no Complexo de Israel, na Zona Norte da cidade. Na mesma operação, o sargento da Polícia Militar Leonardo Maciel da Rocha foi morto. Ele estava em um carro blindado da Polícia Militar, mas foi atingido no rosto e não resistiu aos ferimentos.
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (2), o secretário de estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Luiz Henrique Marinho Pires anunciou que, até o final do primeiro semestre de 2024, todos os policiais designados para utilizar as câmeras nos uniformes estarão equipados.
“Existe um cronograma a ser seguido. A previsão é que até o final desse semestre todos os policiais militares estejam com o equipamento instalado. Vamos cumprir conforme informado ao STF”, afirmou o secretário da Polícia Militar.
Até o início de 2024, cerca de 90% da corporação já contava com o equipamento, com exceção de algumas Unidades de Polícia Pacificadora, que enfrentaram dificuldades com a internet local.
A determinação do STF para o uso das câmeras nas fardas também abrange a Polícia Civil, mas até o momento a instituição não estabeleceu um prazo para que seus agentes adotem o equipamento. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que havia manifestado posicionamento contrário ao uso de câmeras corporais pelos policiais do Estado, reviu sua opinião, declarando que o equipamento não oferece segurança adicional à população. Ele enfatizou que sua gestão não planeja investir em novas câmeras, defendendo a necessidade de contratação de mais policiais e investimento em tecnologia não relacionada a esse equipamento.
De acordo com o governador, o plano inclui a presença de mais cinco mil homens no Centro da capital paulista este ano, com 500 viaturas atuando na região.
“Se aumentarmos o policiamento ostensivo, faremos menos abordagens porque dissuadiremos o crime. Também combinaremos mais investimentos em iluminação pública para dissuadir o crime, pois a iluminação pública afasta o criminoso”, concluiu Tarcísio.