Um conjunto de doze senadores tem esperado a permissão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, para visitar prisioneiros supostamente ligados aos eventos do dia 8 de janeiro. O senador Eduardo Girão, do partido Novo-CE, lidera o grupo e fez o pedido em 6 de dezembro, tendo-o reiterado duas semanas depois. O período de espera já se estende por cerca de um mês.
Os senadores justificam sua solicitação alegando a importância de avaliar o estado de saúde dos prisioneiros, muitos dos quais sofrem de doenças graves e precisam de cuidados médicos especializados. Eles estão solicitando permissão para visitar detentos em duas instituições penitenciárias na região de Brasília: o Complexo Penitenciário da Papuda e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal. “Estamos preocupados com relatos sobre a saúde e o estado psicológico dos detidos, especialmente de Jaime Eduardo Naime, Silvinei Vasques e Jorginho Cardoso de Azevedo, e solicitamos análise urgente de seus pedidos de liberdade provisória”, enfatizaram os senadores.
No dia 18 de dezembro, 46 indivíduos que foram acusados pelos atos ocorridos no dia 8 de janeiro receberam liberdade provisória com certas medidas cautelares, de acordo com a decisão de Moraes. No momento, há ainda 66 pessoas detidas. A morte repentina do empresário Cleriston Pereira da Cunha, que havia sido preso em 8 de janeiro e faleceu em 20 de novembro na prisão de Papuda, trouxe ainda mais atenção para o assunto.
No seu requerimento, Girão ressaltou um estudo da Defensoria Pública do Distrito Federal que evidencia as condições insalubres na detenção, como a carência de remédios fundamentais e a possibilidade de várias enfermidades graves entre os presos. Os parlamentares demandam uma avaliação ágil dos pleitos de soltura temporária.
Os senadores Magno Malta, Hamilton Mourão, Eduardo Gomes, Ciro Nogueira, Izalci Lucas, Jorge Kajuru, Damares Alves, Laércio Oliveira, Jorge Seif, Dr. Hiran e Rogério Marinho demonstram apoio à solicitação de visita.