O governador do Acre, Gladson Cameli, recebeu autorização do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para participar do evento “Brasil China Meeting” na China, que ocorrerá de 10 a 13 de janeiro de 2024, em Shenzhen e Hong Kong. Cameli, juntamente com outros 12 indivíduos sob investigação, foi acusado pela Procuradoria-Geral da República em novembro por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.
Segundo a acusação, as atividades ilegais começaram em 2019 e teriam resultado em danos financeiros de R$ 11,7 milhões para o Estado. O governador do Acre refuta qualquer envolvimento com o esquema.
No mês de dezembro, a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ordenou que o processo tivesse seu sigilo suspenso. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou que os investigados sejam processados criminalmente e que o governador seja afastado de seu cargo até que as investigações sejam concluídas. O STJ deverá julgar o caso em fevereiro.
No despacho, Fachin declarou que as restrições impostas ao governador durante as investigações não incluem a sua suspensão do cargo público e que a posição acarreta responsabilidades que podem requerer viagens internacionais.