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Chiquinho Brazão é liberado e coloca tornozeleira sob silêncio da esquerda

Deputado é acusado de envolvimento na morte de Marielle Franco e alegou risco de “morte súbita” para obter benefício

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) foi liberado do Presídio Federal de Campo Grande (MS) e passou a cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão judicial, proferida com base no artigo do Código de Processo Penal que autoriza a prisão domiciliar para detentos em estado de saúde grave, atende a um pedido da defesa do parlamentar, que apresentou laudos médicos alertando para “risco elevado de morte”.

Acusado de mandar matar Marielle Franco

Chiquinho Brazão é apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. Também figura como réu seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, que permanece preso.

O deputado estava detido preventivamente desde março de 2024, em uma das penitenciárias de segurança máxima do país. Com a nova determinação, ele foi transferido para o regime domiciliar sob monitoramento.

Monitoramento e restrições

Na tarde de sábado (12), Chiquinho foi conduzido à Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual, onde foi instalado o equipamento de tornozeleira eletrônica. Em seguida, ele foi liberado e seguiu para casa, onde deverá cumprir uma série de restrições impostas pelo STF.

Entre as medidas estabelecidas estão:

  • Proibição de uso de redes sociais;
  • Proibição de conceder entrevistas (sem autorização judicial);
  • Vedação de contato com outros investigados no caso;
  • Visitas limitadas a advogados e familiares diretos (como irmãos, filhos e netos).

Além disso, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Mato Grosso do Sul deverá enviar relatórios semanais ao STF sobre o cumprimento das condições da prisão domiciliar.

Laudo médico fundamentou decisão

O despacho de Alexandre de Moraes destacou um relatório médico que apontava “alta possibilidade de [ele] sofrer mal súbito, com risco elevado de morte”. A defesa de Chiquinho alegou que o parlamentar apresenta doenças cardíacas, diabetes e insuficiência renal. Ele teria passado por um cateterismo recentemente, o que também contribuiu para a decisão de soltura.

Apesar da medida ser classificada como humanitária, o caso segue sob forte vigilância judicial. O processo ainda está em andamento, e o parlamentar também responde a um pedido de cassação de mandato, que aguarda análise no plenário da Câmara dos Deputados.

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