O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul abriu investigação para apurar o descarte irregular de sangue humano por uma funerária em Pelotas, no sul do estado. O material biológico foi identificado em um cano da rede de esgoto da cidade por equipes do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) durante manutenções de rotina.
A Funerária Bom Jesus teve o setor de embalsamamento interditado pela Prefeitura de Pelotas, através da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), após a constatação da irregularidade. O sangue é proveniente do processo de embalsamamento, técnica que visa conservar corpos e que, legalmente, exige o descarte de resíduos biológicos por meio de protocolos sanitários e ambientais específicos, e não na rede de esgoto comum.
O promotor de Justiça responsável pelo caso informou que será instaurado um inquérito civil para investigar a situação e as possíveis infrações. Apesar de a prefeitura ter esclarecido que o descarte não interfere na água potável, a prática pode resultar em contaminação do solo e danos ambientais. A funerária, em nota, afirmou que trabalha “de acordo com as melhores práticas ambientais” e que possui todos os alvarás de funcionamento.
Da redação Midia News
