Acusado à Polícia Federal de ser o responsável pelo assassinato de Marielle Franco, Domingos Brazão operava com facilidade no cenário do Centrão da política do Rio de Janeiro, antes de se tornar conselheiro do TCE-RJ. Na mais recente eleição presidencial em que teve oportunidade de expressar sua opinião, demonstrou apoio à reeleição de Dilma Rousseff, em 2014.
No referido ano, solicitou apoio eleitoral para a atual presidente, em uma carreata juntamente com o deputado federal Eduardo Cunha (MDB). Posteriormente, Brazão conseguiu suporte na Assembleia Legislativa do Rio, incluindo do PT, para ser nomeado ao TCE. Naquele momento, Jorge Picciani, do mesmo partido que Brazão, estava no comando da Alerj.
Na votação em que Domingos Brazão respaldou Dilma, houve uma divisão estratégica no MDB. Uma seção do partido escolheu apoiar a candidata do PT, enquanto outra seção preferiu o candidato Aécio Neves do PSDB. Por exemplo, Jorge Picciani não concordou com Brazão e manifestou seu apoio ao candidato do PSDB.
Assim, o MDB seria capaz de assegurar sua presença no próximo governo, não importando quem fosse eleito como presidente da República.