
Na tarde de terça-feira, dia 23, a denúncia contra o padre Júlio Lancellotti foi arquivada pela Arquidiocese de São Paulo. A Cúria Metropolitana, que é responsável pela análise do caso, afirmou que o vídeo pornográfico é idêntico ao que foi enviado à instituição em 2020, quando ocorreu a primeira denúncia contra o padre. Naquele tempo, a denúncia foi rejeitada por “falta de materialidade”. Desta vez, não houve “convicção suficiente”.
A denúncia apresentada pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União), na segunda-feira 22, foi arquivada pela arquidiocese em menos de 24 horas. O material foi recebido pelo cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo.
Quando divulgou a decisão, a arquidiocese desconsiderou a perícia que confirmou a autenticidade do vídeo em que Júlio Lancellotti aparece. Reginaldo Tirotti e Jacqueline Tirotti, os peritos, examinaram o vídeo de 81 páginas, estudaram cada quadro, realizaram exames prosopográficos (método usado para identificar características faciais), verificaram os áudios e validaram sua integridade.
A gravação do vídeo ocorreu em fevereiro de 2019, feita por um jovem de 16 anos. A primeira cena exibe uma tela de smartphone, onde ocorrem conversas pelo aplicativo WhatsApp. Em seguida, inicia-se uma chamada de vídeo e a câmera alterna entre as áreas íntimas e o rosto do sacerdote.
As informações são da Revista Oeste.