Nesta terça-feira, 1º, Leonardo Rodrigues de Jesus, também conhecido como Léo Índio, foi alvo de um pedido de prisão preventiva feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele é acusado de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Também se acusa Léo Índio de participar nos eventos de 8 de janeiro, durante os quais as sedes dos Três Poderes em Brasília foram invadidas e vandalizadas.
Ele declarou, durante uma entrevista à rádio Massa FM, que, apesar de seu passaporte ter sido cancelado como uma ação preventiva, estava na Argentina há mais de 20 dias usando um documento provisório. Essa informação foi confirmada pela defesa após serem intimados pelo ministro Alexandre de Moraes.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou que o não cumprimento da medida cautelar, que tomou o lugar da detenção, valida o requerimento de prisão preventiva. Gonet argumentou que a apreensão do passaporte não evitou a fuga para a Argentina, o que seria uma demonstração de desacato às decisões judiciais e à lei penal.
PF pede destruição do passaporte de sobrinho de Bolsonaro
A Polícia Federal solicitou ao STF a destruição do passaporte de Léo Índio antes disso, uma vez que, mesmo após o pedido de cancelamento realizado em outubro de 2024, o documento era exibido apenas como “cancelado” no sistema.
No momento, Léo Índio tem permissão para ficar na Argentina até o dia 4 de junho, tendo a possibilidade de trabalhar, estudar e acessar os serviços de saúde públicos, de acordo com o documento que sua advogada apresentou ao Supremo.
Alexandre de Moraes, ministro e relator do caso no STF, pediu esclarecimentos à equipe de defesa de Léo Índio, após ser divulgado um vídeo onde ele declara estar na Argentina por medo de ser preso no Brasil.
As informações são da Revista Oeste
