O chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, expressou sua opinião de que o prêmio Nobel de Literatura seria ganho pelo cantor brasileiro Chico Buarque antes do americano Bob Dylan. No entanto, o juiz também mencionou que a barreira do idioma português poderia ser um obstáculo para essa possível vitória.
Na última segunda-feira, 29, Barroso fez sua declaração durante a conferência de abertura da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O evento aconteceu na sede do tribunal, localizada em San José, capital da Costa Rica.
“Bob Dylan é um artista de alta qualidade e, merecidamente, ganhou um prêmio Nobel”, disse o presidente do STF. “Mas sem nenhuma pretensão nacionalista, se a língua não fosse uma barreira, Chico Buarque teria recebido o prêmio muito antes, pelo fato de que também tem uma obra artística e poética notável, só que mais sofisticada e abrangente.”
Barroso discute a regulação da inteligência artificial e seu impacto na cultura
Durante a discussão, Barroso expressou suas opiniões sobre a regulação da inteligência artificial e como ela poderia facilitar uma maior integração cultural globalmente. O juiz argumentou fortemente a favor da necessidade de “regular” as plataformas digitais, tanto no Brasil quanto no resto do mundo.
Bob Dylan recebeu o Nobel de Literatura em 2016. Naquele momento, a instituição declarou que o cantor e compositor foi escolhido “por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção norte-americana”. Ele se tornou o primeiro músico a ser agraciado com o prêmio.
Em 2019, Chico Buarque foi honrado com o “Prêmio Camões”, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa, estabelecido em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal. As informações são da Revista Oeste.