InternacionalNotícias

OMS em crise após anúncio de Trump de retirar EUA da instituição

Essas ações são parte de um esforço maior para equilibrar as contas diante da iminente falta de financiamento.

Por: Pablo Carvalho

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrenta uma grave crise financeira, após o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que seu país deixará a instituição. A decisão foi comunicada oficialmente pelo presidente na segunda-feira, 20, e coloca em risco a sustentabilidade da organização, que depende significativamente das contribuições americanas. A saída dos EUA, prevista para janeiro de 2026, representa uma perda de cerca de 18% do orçamento global da OMS, que no período de 2024 a 2025 soma US$ 6,8 bilhões.

A OMS, em resposta a essa crise, anunciou medidas drásticas para conter seus custos. Em um memorando interno datado de quinta-feira, 23, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a necessidade urgente de ajustes financeiros. Entre as medidas, estão a redução substancial dos gastos com viagens e a suspensão temporária de novas contratações. Essas ações são parte de um esforço maior para equilibrar as contas diante da iminente falta de financiamento.

A decisão de Trump de retirar os Estados Unidos da OMS, justificada pela falha da agência em gerenciar adequadamente a pandemia de Covid-19, adiciona um peso ainda maior à situação. O ex-presidente afirmou: “A OMS não teve competência para lidar com a pandemia de forma eficaz, e os Estados Unidos não devem mais ser parte disso”. A declaração veio no início de seu segundo mandato e representa um confronto direto com a gestão da saúde global da organização.

Essa decisão também se alinha a um movimento mais amplo de reavaliação das prioridades de saúde pública, com Trump afirmando que os EUA deveriam buscar uma abordagem mais independente. Ao longo de sua presidência, ele foi crítico da OMS, acusando-a de ser complacente com a China no início da crise sanitária mundial. A saída dos EUA faz parte de um processo de distanciamento de instituições globais, visto como uma tentativa de fortalecer a autonomia do país em relação a organismos internacionais.

O impacto financeiro dessa retirada é profundo. Além da perda direta das contribuições americanas, a OMS se vê forçada a revisar seus projetos e programas, priorizando áreas de maior necessidade e enxugando suas operações. “A situação financeira da OMS se tornou mais crítica”, afirmou Tedros em comunicado.

Com informações da Revista Oeste.

Importante: Estamos lutando contra as perseguições, mas continuamos desmonetizados. Pedimos a sua contribuição para continuar. Contra a perseguição, faça a sua doação! Doe através do PIX CNPJ 33281196000199. Receba notícias diariamente no nosso grupo no Whatsapp.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo