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Seis réus do 8 de janeiro morrem durante tramitação de processos no STF

Causas envolvem mal súbito, quedas e acidentes domésticos; mortes levantam críticas ao Supremo

Desde os eventos de 8 de janeiro de 2023, seis pessoas investigadas ou processadas por participação nos atos em Brasília morreram enquanto respondiam judicialmente no Supremo Tribunal Federal (STF). As causas das mortes incluem problemas de saúde, acidentes domésticos e quedas. Embora os falecimentos não estejam relacionados diretamente à ação do Judiciário, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm usado os casos para criticar a condução dos processos pelo STF.

1. Cleriston Pereira da Cunha (46 anos)

Conhecido como “Clezão”, morreu em 20 de novembro de 2023, na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, após um mal súbito durante o banho de sol. Era empresário e morava em São Vicente (DF). Foi preso em flagrante dentro do Congresso Nacional durante os ataques.

2. Éder Parecido Jacinto (58 anos)

Caminhoneiro natural de Redenção (PA), morreu em 2 de março de 2024 ao cair de um andaime enquanto fazia manutenção em seu caminhão. Estava em liberdade condicional desde agosto de 2023, após ter sido preso por envolvimento nos atos.

3. Kleber de Freitas (44 anos)

Técnico em radiologia de Borrazópolis (PR), morreu em 10 de maio de 2024, na casa dos pais. Segundo relatos, ele havia solicitado ao STF autorização para cuidar da família, mas o pedido não havia sido respondido até a data de sua morte. As circunstâncias da morte não foram detalhadas.

4. Antônio Marques da Silva (49 anos)

Residente em Barra do Garças (MT), faleceu em 29 de outubro de 2023, vítima de traumatismo craniano. Cumpria prisão domiciliar com acordo que havia suspendido a ação penal.

5. Giovanni Carlos dos Santos (46 anos)

Morador de São José dos Campos (SP), morreu em 24 de janeiro de 2024, após cair de uma escada enquanto podava uma árvore. Era cuidador de idosos e estava em liberdade provisória no momento do acidente.

6. Jony Figueiredo da Silva (44 anos)

Faleceu em 27 de setembro de 2024, no Hospital de Planaltina (DF), após sofrer uma parada cardíaca. Tinha audiência marcada para outubro e havia sido denunciado por cinco crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro.


Essas mortes ocorrem em meio à continuidade dos julgamentos e processos de quase mil investigados no STF. A defesa de alguns réus e parlamentares da ala conservadora têm cobrado maior celeridade e humanidade no tratamento dos casos, inclusive com o apoio de um projeto de anistia atualmente em debate na Câmara dos Deputados.

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