Tribunal Supremo da Venezuela declara Maduro vencedor e proíbe divulgação das atas
Ligado ao chavismo, TSJ anunciou sentença após suposta auditoria

Nesta quinta-feira (22), o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), que é a corte mais alta do país, oficialmente validou os resultados das eleições de 28 de julho e reconheceu a vitória do “ditador chavista Nicolás Maduro”.
Com o veredito, o tribunal, visto como um aliado do governo chavista no sistema judiciário, descarta as objeções da oposição e ratifica a eleição de Maduro.
De acordo com a nota, o TSJ confirmou em sua sentença que detém jurisdição sobre as eleições e declarou que a decisão é fundamentada nos resultados da avaliação do material eleitoral fornecido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A juíza Caryslia Rodríguez, que leu a sentença, afirmou ainda que, como não compareceu a audiências convocadas pelo tribunal, o candidato da oposição Edmundo González desacatou a justiça e, portanto, estará sujeito a punições.
A juíza Caryslia Rodríguez, que proferiu a sentença, afirmou também que, por não comparecer às audiências agendadas pelo tribunal, o candidato de oposição Edmundo González demonstrou falta de respeito à justiça. Como resultado, ele pode enfrentar penalidades.
Desde a noite do pleito presidencial, o CNE sustenta que o ditador Maduro conquistou um pouco mais de 50% dos votos, mesmo não tendo divulgado todos os números. Já a oposição, divulgou a prova e afirma ser 83% das urnas eleitorais, que indicam González como o vencedor, com 67% dos votos.
“O país e o mundo conhecem sua parcialidade [TSJ] e, por extensão, sua incapacidade de resolver o conflito; sua decisão só agravará a crise”, escreveu o opositor a Maduro nas redes sociais.