Na última quinta-feira, 22, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição buscando anular um habeas corpus, que foi protocolado por um advogado não autorizado legalmente a representá-lo, com o objetivo de garantir sua presença no evento da Avenida Paulista, em São Paulo, programado para o próximo domingo, 25. A informação foi validada pelo advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten.
“A defesa de Bolsonaro, devidamente técnica e com a procuração adequada nos autos, acaba de ingressar no STF, aos cuidados do ministro Luiz Fux“, afirmou Wajngarten. “Para que ele não reconheça qualquer habeas corpus relacionado à participação ou não do presidente Bolsonaro na manifestação de domingo.”
Bolsonaro, ao lado de legisladores aliados, organizou um evento na Avenida Paulista para demonstrar força a seus apoiadores em meio à investigação conduzida pela Polícia Federal (PF). Através da Operação “Tempus Veritatis”, a PF está investigando uma suposta tentativa de golpe para mantê-lo como Presidente da República, mesmo após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Bolsonaro refuta as alegações.
Wajngarten confirmou a presença do ex-presidente e, até agora, três governadores já garantiram sua participação. Ele antecipa a possibilidade de mais de 500 mil pessoas estarem presentes no evento.
Wajngarten não citou indivíduos específicos, no entanto, o jurista que solicitou habeas corpus em defesa de Bolsonaro foi Jeffrey Chiquini. Ele se identifica nas redes sociais como mestre em Direito e com especialização em casos criminais.
Depoimento de Bolsonaro na PF
Wajngarten discutiu o caso do habeas corpus não aprovado após a partida de Jair Bolsonaro da sede da PF em Brasília, na tarde de quinta-feira. O ex-presidente ficou no local por meros 20 minutos. Segundo o advogado, ele manteve-se em silêncio, ou seja, não respondeu a nenhuma das perguntas feitas.
De acordo com o advogado Paulo Bueno, que também atua como defensor formal de Bolsonaro, a tática de manter-se em silêncio durante o depoimento de hoje foi resultado da falta de acesso aos documentos dos processos que envolvem o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens da Presidência da República.
As informações são da Revista Oeste