Na última quarta-feira, 21, três servidores foram demitidos da Secretaria de Educação Continuada (Secadi), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), após denunciarem Maria do Rosário Tripodi, titular da pasta, por assédio moral. Os demitidos são professores concursados.
Décio Guimarães, diretor de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, Eniceia Mendes, coordenadora da área, e Fernanda Cardoso, chefe de projetos, apresentaram uma denúncia contra Rosário ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A reclamação está sendo tratada de forma sigilosa.
Segundo a Folha de S.Paulo, Guimarães, que é uma pessoa cega, denunciou assédio moral e capacitismo à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Ele testemunhou ao MPT na terça-feira, dia 20, véspera de sua exoneração. No mesmo dia do desligamento, Mendes e Cardoso apresentaram sua versão dos eventos ao MPT.
Indícios de retaliação serão analisados
A denúncia está sendo investigada tanto pela Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília, que transformou o caso em um inquérito civil, quanto pela Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal.
De acordo com o jornal, a procuradora Geny Helena Fernandes, responsável pelas investigações, confirmou que a acusada ainda será ouvida. Ela informou: “Buscamos a correção da situação, e os indícios de retaliação serão levados em conta”, informou.
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) afirmou, em nota, que nunca recebeu intimação ou notificação no inquérito mencionado, nem possui conhecimento sobre o que nele consta.
As informações são da Revista Oeste